Ministro da Administração Interna revelou que navio foi autorizado a atracar em Malta e que Portugal está disponível para acolher 30 dos 244 migrantes.
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Portugal vai receber cerca de 30 migrantes que estavam a bordo do navio Aquarius, revelou Eduardo Cabrita, Ministro da Administração Interna, na manhã desta terça-feira.
"Portugal, Espanha e França articularam-se e, tal como já tinham feito em casos anteriores, mostraram uma disponibilidade comum para acolhimento e Malta autorizou a atracagem do navio. Haverá uma operação semelhante à que foi feita há um mês com o Lifeline", explicou Eduardo Cabrita.
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A decisão foi tomada em conjunto pelos Governos dos três países e comunicada à Comissão Europeia, mas há outros países que ainda estão a ponderar participar na ajuda a estes migrantes.
Eduardo Cabrita acrescentou que Portugal "tem defendido sempre uma solução articulada à escala europeia para as questões migratórias" e que, por isso, participa também agora nesta ação, à semelhança das ações tomadas com outros dois navios em julho.
O navio, com 141 migrantes, e algumas embarcações de apoio com migrantes retirados do Aquarius, foram autorizados a atracar ainda durante esta terça-feira em Malta, que cumpre assim o que está estipulado na lei internacional e que dita que o porto mais seguro é o que está fica mais perto da posição da embarcação.
No Twitter, o primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, confirmou a autorização dada por Malta para que o Aquarius possa atracar, apesar de, segundo Muscat, o país "não ter nenhuma obrigação legal de o fazer".
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Entretanto, Espanha também anunciou o acolhimento de 60 dos migrantes que estão no navio.
A bordo do Aquarius estão 73 menores de idade, sendo que 70% dos 141 migrantes são naturais da Somália e da Eritreia, havendo também cidadãos do Bangladesh, Camarões, Gana, Costa do Marfim, Nigéria, Marrocos e Egito.