Oriundos do Bangladesh e da Birmânia ficaram sozinhos, sem ajuda.
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Mais de mil imigrantes do Bangladesh e da Birmânia chegaram hoje à Malásia depois de serem abandonados por traficantes nas águas pouco profundas ao largo da ilha de Langkawi, indicou a polícia.
"Achamos que eram três barcos com 1.018 imigrantes", disse Jamil Ahmed, da polícia de Langkawi, acrescentando que se espera um aumento do número de pessoas, à medida que as autoridades efetuam resgates na ilha.
Também na Indonésia foi hoje resgatado um barco com cerca de 400 imigrantes da Birmânia e Bangladesh, um dia depois de quase 600 pessoas terem chegado ao país numa embarcação de madeira, em busca de refúgio, anunciaram fontes oficiais.
"A nossa equipa de busca e salvamento encontrou outro barco com mais de 400 migrantes, Rohingya do Myanmar [Birmânia] e [cidadãos] do Bangladesh, à deriva ao largo de Aceh, hoje de manhã", disse à AFP o chefe da equipa de salvamento e resgate da província de Aceh.
O responsável disse acreditar que mais barcos vão surgir, com pescadores já arregimentados para patrulharem as águas.
"Estamos à espera e prontos para os resgatar quando recebermos um alerta", disse.
Quase mil imigrantes estão agora a receber alimentos e assistência médica em abrigos, clínicas e em casas de locais em vários pontos da província de Aceh.
As autoridades reviram hoje o número de imigrantes a bordo do primeiro barco, resgatado no domingo, de 469 para 573.
Jahangir Hussin, um muçulmano Rohingya, disse a jornalistas locais que os traficantes os abandonaram no mar com pouco combustível.
Os imigrantes embarcaram na Tailândia, com destino à Malásia, mas acabaram por derivar para a costa da Indonésia, onde o seu barco ficou sem combustível, relatou o sobrevivente.