No desfile, muitos manifestantes agitaram bandeiras israelitas e britânicas e cartazes de "Tolerância zero ao anti-semitismo".
Corpo do artigo
Milhares de pessoas marcharam este domingo contra o anti-semitismo nas ruas de Londres, um dia após uma nova manifestação pró-palestiniana e ao terceiro dia da trégua entre Israel e o Hamas.
De acordo com a agência noticiosa francesa AFP, no desfile, que partiu do Tribunal Real de Justiça em direção ao parlamento, no centro da capital, muitos manifestantes agitaram bandeiras israelitas e britânicas e cartazes de "Tolerância zero ao anti-semitismo".
Também exibiram fotos dos reféns sequestrados pelo Hamas durante o ataque sangrento lançado contra o público de um festival em Israel a 07 de outubro passado, o que levou a uma resposta militar israelita na Faixa de Gaza, bombardeada sem trégua desde esse ataque considerado terrorista.
17402659
"No dia 07 de outubro, acordamos para uma nova realidade e ficamos todos traumatizados com a mesma", disse à AFP Omer Plotniarz, musicoterapeuta de 37 anos, que se juntou ao desfile com sua mulher e filho.
"Queremos apenas ver nossos bebés, as nossas mulheres, os nossos irmãos e irmãs, todos em casa". "Estamos aqui para apoiar Israel, para exigir a libertação de todos os reféns", disse Debby Goldberg, de 52 anos, com uma bandeira israelita aos ombros.
Este cidadão israelita originário da Argentina disse que estava a participar na manifestação para "pedir a paz e o fim do pesadelo" que está a decorrer na Faixa de Gaza, que há três dias cumpre um período de tréguas humanitárias.
De acordo com a instituição de caridade judaica Community Security Trust (CST), 1.324 atos antissemitas foram registrados na Grã-Bretanha entre o início da guerra, a 07 de outubro, e 15 de novembro, um recorde, em comparação com os 271 registados no mesmo período do ano passado.
O ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson participou nesta marcha, por iniciativa da organização Campaign Against Anti-Semitism.
No início da manifestação, a polícia prendeu o fundador do grupo de extrema direita EDL, Tommy Robinson, a quem foi pedido que se afastasse do local.
No sábado, dezenas de milhares de britânicos saíram também mais uma vez às ruas em apoio aos palestinianos, exigindo um cessar-fogo duradouro em Gaza.
Uma nova troca de reféns do Hamas por prisioneiros palestinianos está prevista para hoje, o terceiro dia da trégua entre Israel e o Hamas.
O exército israelita estimou o número total de reféns raptados em 240 e o número de pessoas - a grande maioria civis - massacradas durante o ataque de 07 de Outubro em 1.200.
Na Faixa de Gaza, o Governo do Hamas afirma que quase 15 mil pessoas, incluindo 6.150 com menos de 18 anos, foram mortas por ataques israelitas.