Los Angeles, Nova Iorque, Chicago, Filadélfia e São Francisco foram alguns dos locais com manifestações.
Corpo do artigo
Milhares de pessoas manifestaram-se no sábado em várias cidades dos Estados Unidos, incluindo Washington, contra a violência policial, depois de o afro-americano George Floyd ter morrido quando um polícia pressionou o seu pescoço com um joelho.
Além da capital, os protestos pacíficos estenderam-se, nomeadamente, a Los Angeles, Nova Iorque, Chicago, Filadélfia e São Francisco.
As manifestações, que decorrem há 12 dias, chegaram a 650 cidades dos 50 estados dos EUA, tendo-se estendido no sábado a outros países, incluindo Portugal.
Em Washington, onde as autoridades esperavam mais de 200 mil manifestantes, várias ruas foram fechadas ao trânsito no centro da cidade.
Alguns grupos concentraram-se em frente ao Capitólio e ao Monumento a Lincoln, tendo seguido depois em direção à Casa Branca, com segurança reforçada e onde se encontrava o Presidente Donald Trump.
A presidente da Câmara de Washington, Muriel Browser, que tem sido criticada por Trump, associou-se aos protestos, que pretendem mobilizar um milhão de pessoas nas ruas.
Em São Francisco, a famosa ponte, parecida com a Ponte 25 de Abril, foi o cenário escolhido para os protestos.
Em Raeford, uma pequena cidade no Estado da Carolina do Norte perto de Fayetteville, onde nasceu George Floyd, as pessoas formaram uma longa fila no exterior de uma igreja batista, onde o corpo do afro-americano está a ser velado, aguardando a vez para entrar.
Novos casos de violência policial, inclusive durante a repressão dos protestos, por vezes violentos, que têm ocorrido nos Estados Unidos desde a morte de George Floyd aumentaram o sentimento de revolta entre os norte-americanos.
Vários vídeos têm sido divulgados a mostrar intervenções musculadas da polícia contra manifestantes pacíficos.
George Floyd, afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis, Estado do Minnesota, depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.
Pelo menos 10 mil pessoas foram detidas desde o início dos protestos, e as autoridades impuseram recolher obrigatório em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque, enquanto o Presidente norte-americano, Donald Trump, já ameaçou mobilizar os militares para pôr fim aos distúrbios nas ruas.
Os quatro polícias envolvidos no caso foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi acusado de homicídio em segundo grau, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão.
Os restantes vão responder por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário.
A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.
O seu funeral está marcado para terça-feira, em Houston.