A comissão europeia deve anunciar hoje o esqueleto de um plano gigante de apoio financeiro aos países mais pressionados pelo fluxo migratório.
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Um total de 62 mil milhões de euros, poderão ser destinados à crise de refugiados na Europa mas não será apenas dinheiro.
A proposta inclui todas as políticas: desde a investigação à energia, passando pelas alterações climáticas ou o comércio.
Todas estas áreas podem ser alvo daquilo que a Comissão Europeia chama de incentivos negativos, ou seja, limitar as ajudas, vantagens comerciais e outros benefícios aos países que não cooperarem na politica de migração.
No texto a que o jornal espanhol El Pais teve acesso, a Comissão Europeia continua a apostar no apoio aos países que recebem migrantes. Quer criar um fundo de investimento de 62 mil milhões de euros até 2020, com prioridade para a Líbia, Jordânia, Líbano e Tunísia.
Mas pela primeira vez, Bruxelas propõe incentivos negativos, para os países que recusem cooperar na readmissão dos migrantes.
A Comissão Europeia defende que deve haver consequências para quem não aceite os migrantes de volta. Nesta altura, os países europeus não conseguem devolver mais de 40% dos migrantes com ordem de expulsão.