Herdeira de fortuna de 500 milhões de dólares esteve incontactável por anos, mantida em cativeiro, segundo a própria, pelo chauffeur, que lhe administra os bens.
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Regina Lemos Gonçalves, multimilionária anfitriã de algumas das mais badaladas festas do jet set do Rio de Janeiro, andou, já octogenária, sem filhos, desaparecida por anos.
A situação preocupou amigos, vizinhos e familiares que tentavam visitá-la, telefonar-lhe e, invariavelmente, acabavam a falar com o motorista, José Marcos Chaves Ribeiro, que alegava problemas de saúde e outras desculpas para a manter incontactável.
Ele, 35 anos mais novo, diz que tinha uma relação com ela; ela acha isso “uma audácia, um atrevimento do chauffeur”.
Ele socorre-se de uma declaração de união estável assinada por ambos; ela não se lembra de a ter assinado.
Depois de 14 anos no que chama de “cativeiro”, ela conseguiu então no início deste ano fugir para a casa do irmão; ele classifica a saída dela, o resultado de um surto psicótico.
O irmão e a restante família, entretanto, ao verem o estado de saúde dela, muito magra, contrataram advogados, segundo o programa Fantástico, que contou o caso.
Na esfera criminal, a justiça decidiu que José Marcos tem de ficar a pelo menos 250 metros de Regina.
Na esfera cível, porém, ele, que agora mora numa mansão na Praia de São Conrado com mais de mil metros quadrados que é propriedade da milionária, continua como administrador da fortuna.
À fortuna dela, que já era enorme, foram acrescentados 500 milhões de dólares herdados do marido, falecido em 1994, além de dezenas de apartamentos e mansões no Rio e de fazendas Brasil afora.
