Um militante islamita foi morto e dois polícias feridos, esta terça-feira, ao fim do dia nos arredores da capital da Tunísia, depois de um ataque a duas esquadras da Guarda Nacional, informou o Ministério do Interior, noticia a AFP.
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Depois do ataque às suas esquadras, «a intervenção das forças da ordem causou a morte de um assaltante, atingido por uma bala», indicou o porta-voz do Ministério, Khaled Tarruche.
Depois do anúncio da detenção de um salafista suspeito de ter ferido o chefe da brigada de segurança pública de Manuba, Wissem Ben Slimane, no sábado, «um número importante de pessoas de tendência religiosa radical» atacaram ao fim do dia duas esquadras deste arredor de Tunes.
«Atacaram a esquadra da Guarda Nacional de Douar Hicher e de Khalid ibn Walid, em Manuba. Nesta segunda esquadra, atacaram os agentes com instrumentos cortantes, sabres. Dois [polícias] têm ferimentos importantes, um na cabeça e outro na mão», acrescentou Tarruche.
O porta-voz do Ministério indicou que «reforços importantes» das forças da ordem tinham sido enviadas para este bairro na parte oeste de Tunes e um frente-a-frente tenso permanecia às 21h30 de Lisboa.
«Há tensão, mas as forças de segurança estão determinadas em fazer aplicar a lei e têm todos os meios para o fazer», declarou.
Wissem Ben Slimane, de 35 anos, afirmou no domingo que tinha sido atacado durante o fim de semana por um assaltante, presumivelmente um salafista, armado de uma faca, que o feriu na cabeça.
A agressão ocorreu quando a Guarda Nacional se interpôs entre vendedores clandestinos de álcool e salafistas, que se confrontavam num bairro popular da Manuba.
O governo tunisino, dominado pelos islamitas do Ennahda, é acusado pela oposição de laxismo face aos salafistas, um ramo rigorista do islão sunita.
Depois do ataque à embaixada dos EUA em 14 de setembro pelos militantes destes grupos, que resultou em quatro mortes entre os assaltantes, as autoridades garantiram que estão determinadas em lutar contra os militantes violentos desta tendência.