O presidente da Câmara de Kiev avança que não foram realizadas chamadas para os serviços médicos durante ou após o ataque durante a madrugada.
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As defesas aéreas ucranianas abateram um total de 15 mísseis de cruzeiro e 21 drones iranianos Shahed entre a noite de quinta-feira e esta sexta-feira em Kiev e nos seus arredores, informou a força aérea ucraniana.
"Os invasores [russos] não param de tentar aterrorizar a capital ucraniana com ataques de drones [veículos aéreos não tripulados] e mísseis", disse a força aérea num comunicado.
Anteriormente, num primeiro balanço, a administração militar de Kiev tinha dito que tinham sido abatidos "mais de 30 alvos".
De acordo com a força aérea, a Rússia lançou um ataque na noite de quinta-feira, em dois momentos.
O primeiro consistiu no envio de drones kamikazes, que entraram pelo sul da capital por volta das 11h00 de quinta-feira, horário local (09h00 em Lisboa).
No segundo foram utilizados mísseis de cruzeiro, disparados por aeronaves localizadas na área do Mar Cáspio. Esses projéteis entraram no espaço aéreo ucraniano por volta 03h00 desta sexta-feira, horário local (01h00 em Lisboa).
"Todos os 15 mísseis de cruzeiro e 21 drones de ataque foram destruídos pelas defesas aéreas da força aérea em cooperação com outros componentes das forças armadas ucranianas", sublinhou o comunicado oficial.
Até ao momento, não há informação sobre possíveis vítimas. O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, indicou não terem sido realizadas chamadas para os serviços médicos durante ou após o ataque durante a madrugada.
A Rússia tem aumentado a intensidade e a frequência dos ataques com drones e mísseis à capital ucraniana desde finais de abril.
Embora os sistemas de defesa ocidentais que a Ucrânia tem instalados em Kiev derrubem quase a totalidade dos projéteis, várias pessoas morreram nos últimos dias devido à queda de destroços na sequência das interceções.
As forças ucranianas disseram acreditar que, com estes ataques, Moscovo quer desmoralizar a população e esgotar as munições dos sistemas antiaéreos ucranianos.
Kiev tenta convencer os aliados a enviar mais sistemas de mísseis Patriot para defender melhor o território dos ataques aéreos.