Militares venezuelanos barricaram fronteira para impedir entrada de ajuda humanitária
Militares ignoram ordens de Juan Guaidó e continuam leais a Maduro. Estão a impedir milhares de pessoas de receber apoio alimentar e medicamentos.
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As Guarda Nacional Bolivariana, polícia militar venezuelana, barricaram as estradas na fronteira com a Colômbia para impedir entrada de ajuda humanitária na Venezuela.
Leais a Nicolás Maduro, os militares colocaram contentores e camiões a bloquear circulação para impedir à chegada ao país de apoios provenientes de três centros de acolhimento internacionais, no Brasil, na Colômbia e numa ilha das Caraíbas.
Para o autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó este é um "teste" às Forças Armadas: mais de 300 mil pessoas que estão em risco podiam ser ajudadas.
"De novo, às Forças Armadas, uma ordem direta: permitam a entrada da ajuda humanitária necessária para atender as suas famílias, a irmã, mãe, mulher que, com certeza, necessitam de suprimentos e alguns deles, lamentavelmente, com certeza também terão infeções", disse esta quarta-feira em Caracas.
EUA protegem militares que rompam com Maduro
O conselheiro de Segurança Nacional do Presidente dos Estados Unidos da América ofereceu isenção nas sanções aos generais e outras altas patentes militares venezuelanos que rompam com o ainda Presidente do país, Nicolás Maduro.
"Os Estados Unidos consideram uma isenção das sanções para qualquer oficial militar venezuelano de alto cargo que defenda a democracia e reconheça o governo constitucional do presidente Juan Guaidó", disse John Bolton, numa mensagem na rede social Twitter.
Os Estados Unidos mantêm sanções contra vários militares venezuelanos, incluindo o tenente-general do Exército Gerardo Jose Izquierdo Torres, e o general da Guarda Nacional Bolivariana Fabio Enrique Pabón Zavarse, bem como contra o ministro da Defesa do país, Vladimir Padrino López.
O Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, tem solicitado às forças militares e de segurança venezuelanas para romperem com Maduro e apoiarem Guaidó, um passo que a Casa Branca considera fundamental para avançar para uma transição na Venezuela.