Ministra da Saúde destaca "trabalho estruturado" de Cabo Verde para ficar livre de malária
A caboverdiana Filomena Gonçalves deu conta daquilo que foi desenvolvido para chegarem à certificação.
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Cabo Verde é agora um país certificado como livre de Malária. A distinção foi atribuída pela Organização Mundial de Saúde, que destacou este marco como uma conquista para a saúde global. Este país lusófono é agora a terceira nação africana certificada pela OMS, juntando-se às Maurícias e à Argélia. Ouvida pela TSF, a ministra da Saúde de Cabo Verde, Filomena Gonçalves, destacou o esforço feito para que o país obtivesse esta distinção.
"Estamos num momento histórico para Cabo Verde, também para o nosso continente africano e para o mundo, porque Cabo Verde conseguiu ser o terceiro país do nosso continente e o primeiro país nos últimos 50 anos, dos países subsaarianos, a conseguir este feito. Isso deveu-se a um trabalho muito estruturado porque nós empreendemos um esforço consertado e multidisciplinar para erradicarmos o paludismo e estamos a dar um passo gigantesco", explicou Filomena Gonçalves.
A ministra da Saúde caboverdiana deu conta daquilo que foi desenvolvido para chegarem à certificação.
"Incluiu a implementação de estratégias robustas de vigilância epidemiológica, também a intensificação dos programas de controlo de mosquitos vetores, melhoria de acesso a diagnósticos rápidos e tratamentos eficazes, uma forte campanha de educação e sensibilização da comunidade. Também o compromisso do Governo e a colaboração com organizações internacionais", referiu à TSF a ministra da Saúde de Cabo Verde.
Apesar do trabalho feito pelas autoridades, Filomena Gonçalves destacou a adesão das pessoas aos apelos dos profissionais.
"Cabo Verde, uma das maiores riquezas que tem, são as pessoas. Por isso é que o nosso primeiro-ministro dedicou esta certificação ao povo cabo-verdiano, porque, de facto, o verdadeiro obreiro disso tudo é o povo cabo-verdiano. As pessoas abriram as suas portas para que houvesse pulverização intra domiciliar, por exemplo", lembrou.
Ainda assim, esta certificação não é um ponto final no trabalho. Para a responsável pelo Ministério da Saúde caboverdiano, o país está apenas no início. É preciso agora manter aquilo que já foi conquistado.
"O ponto de partida é esta certificação, porque mais do que certificação é a manutenção da certificação. Nós fizemos todo o investimento e implementámos um sistema de vigilância epidemiológica rigoroso que permitiu a deteção precoce de casos de paludismo e a resposta rápida para prevenir surtos", acrescentou Filomena Gonçalves.
