
AFP
A antiga primeira-ministra "está estável, mas precisa de um enquadramento profissional", de acordo com o porta-voz do atual governo.
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A antiga primeira-ministra Belga e atual chefe da diplomacia, Sophie Wilmès está internada desde quarta-feira nos cuidados intensivos. Sophie Wilmès foi encaminhada para os cuidados intensivos, depois de um agravamento súbito do estado de saúde, na sequência da infeção por coronavírus, que lhe foi detetada há menos de uma semana.
A antiga primeira-ministra "está estável, mas precisa de um enquadramento profissional", de acordo com o porta-voz do atual governo, do qual Sophie Wilmès também faz parte como ministra dos negócios estrangeiros.
Já depois de estar infetada, a ministra de 45 anos tinha lançado um apelo no Twitter, dizendo: "A multiplicação de casos lembra-nos que, infelizmente, ninguém é imune. Tomem conta de vocês, e principalmente, tomem conta dos outros".
Na Bélgica foram internadas 421 pessoas nas últimas 24 horas. As autoridades anunciaram que foram detetados 13227 novos casos no país. Os hospitais estão a ficar lotados. As autoridades admitem recorrer à "solidariedade" dos países vizinhos, para receberem doentes.
Grito de apelo
A ministra da saúde da região sul da Bélgica (uma das nove titilares da pasta) assume que não há médicos e enfermeiros, e pede a ajuda de voluntários, profissionais ou de qualquer área. Christie Morreale faz um apelo à mobilização geral da população, para enfrentar a segunda vaga nos hospitais e casas de repouso. Morreale assume que a penúria de mão-de-obra é uma realidade no país.
"Vamos precisar de mãos, de braços de pessoas qualificadas. Mas, se não houver pessoas qualificadas suficientes, vamos alargar espetro a outras pessoas que possam ajudar a distribuir as refeições, para entregar a alimentação, para a logística, para a limpeza. Daremos formação em higiene", assegura.
A ministra afirma que vão ser intensificados os testes para os profissionais em meio hospitalar e, principalmente para os funcionários dos lares e das casas repouso, e que será seguida uma estratégia, para os profissionais assintomáticos.
"Se estiverem positivos, tem de se adotar todas as precauções. Têm preferencialmente de ser substituídos", definiu, admitindo, porém, que " como é sabido, normalmente, para o pessoal do meio hospitalar, não temos equipa B".
Com vários hospitais no limite de capacidade, e sem profissionais suficientes, em entrevista à RTL belga a ministra admite requisitar camas em outros países para a transferência de doentes da covid-19.
"O principal é preservarmos o nosso sistema de saúde, e de organizarmos uma solidariedade entre outros hospitais e outras regiões. Posso dizer que ontem já foram transladados doentes entre regiões", relatou, admitindo que "se for necessário fazer transladações entre fronteiras, também o faremos".
Para já, a ministra da saúde da região sul da Bélgica pede a ajuda voluntária da população, numa altura em que vários hospitais estão já a contratar estudantes de enfermagem e medicina, para enfrentar a segunda vaga da doença do novo coronavírus.
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