Dominic Johnson que garante que o Reino Unido será claro sobre o seu direito de agir quando a China quebrar os compromissos internacionais ou abusar de direitos humanos.
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O primeiro governante britânico a visitar Hong Kong em cinco anos afirmou esta quarta-feira que o seu país não se vai "esquivar" das suas responsabilidades históricas em relação às pessoas que vivem na ex-colónia do Reino Unido.
As afirmações do ministro de Estado do Departamento de Negócios e Comércio, Dominic Johnson, foram publicadas esta quarta-feira num artigo de opinião no jornal South China Morning Post.
O ministro acrescentou que o Reino Unido será claro sobre o seu direito de agir quando a China quebrar os compromissos internacionais ou abusar de direitos humanos.
A visita de Johnson esta semana ocorre num contexto de anos de tensão entre o Reino Unido e Hong Kong, depois da promulgação de uma lei de segurança nacional imposta por Pequim ao território que foi descrita pela Grã-Bretanha como "uma violação clara" da declaração sino-britânica de 1984.
A declaração incluía uma promessa de manter os direitos e liberdades de Hong Kong durante 50 anos após o território ter sido devolvido ao domínio da China em 1997.
Depois da introdução da lei de segurança em 2020, o Reino Unido permitiu à população de Hong Kong viver e trabalhar no Reino Unido bem como solicitar a cidadania britânica após seis anos através de um visto especial.
O ministro britânico explicou que a sua visita, que termina esta qusrta-feira, incluiu reuniões com os principais investidores da cidade e funcionários do governo para promover laços de investimento.
Na segunda-feira, encontrou-se com o presidente da multinacional CK Hutchison, Victor Li, para discutir os planos de investimento no Reino Unido e com o secretário de serviços financeiros e do Tesouro de Hong Kong, Christopher Hui.
"Estou em Hong Kong como parte da minha missão de promover o Reino Unido como um dos principais destinos de investimento e comércio", disse Johnson na rede social Twitter.
O consulado britânico em Hong Kong afirmou que a visita permitirá ao ministro retomar o diálogo, que inclui temas como comércio e investimento, crescimento limpo e futuras visitas bilaterais, segundo a agência AP.
Quando questionado sobre a visita do ministro britânico, o líder de Hong Kong, John Lee, disse que dava as boas vindas a qualquer autoridade estrangeira que visitasse o território e encorajasse a promoção do desenvolvimento económico, trocas comerciais e relações interpessoais.
"Só que alguns países tomam algumas ações para atender aos seus interesses políticos, talvez por motivos políticos", destacou, sem identificar nenhum país.