O Presidente da Venezuela acusou na terça-feira o seu homólogo colombiano, Iván Duque, de ter planeado o seu assassinato durante as eleições parlamentares de domingo.
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O ministro da Defesa colombiano considerou caluniosa a acusação do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao seu homólogo da Colômbia, Iván Duque, de estar por trás de um alegado plano para o assassinar no domingo passado, durante as legislativas.
"As habituais calúnias de Nicolás Maduro contra Iván Duque, que rejeito com indignação, não fazem mossa num democrata como o Presidente colombiano, uma vez que vêm de um tirano sem apoio, apontado pela ONU e repudiado pela sua ilegitimidade política e cansaço popular", disse Carlos Holmes Trujillo, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
O Presidente da Venezuela acusou na terça-feira o seu homólogo colombiano, Iván Duque, de ter planeado o seu assassinato durante as eleições parlamentares de domingo e explicou que por isso votou num centro eleitoral distinto do inicialmente previsto.
O chefe de Estado falava em Caracas, durante um encontro com jornalistas internacionais, em que explicou que a sua "equipa de segurança tomou a decisão de recomendar trocar o centro de votação", insistindo: "Desde a Casa de Nariño [residência oficial do Presidente da Colômbia, em Bogotá], Iván Duque participou dos planos para assassinar-me no dia das eleições".
"Tomei as minhas precauções legais com o Conselho Nacional Eleitoral [CNE]. Tomei as minhas precauções de segurança e todo este assunto está em fase de investigação avançada", acrescentou.
Segundo a imprensa venezuelana, estava inicialmente previsto que o Presidente Nicolás Maduro votasse no Liceu Miguel António Caro de Cátia (oeste da capital), mas votou no Forte de Tiuna (a sul), a principal base militar de Caracas.
Nicolás Maduro disse ainda que o seu homólogo colombiano tem "uma obsessão contra a Venezuela".
"É o Presidente colombiano que nos últimos 200 anos mais tem odiado a Venezuela. Gostaria de uma guerra contra a Venezuela, mas não tem conseguido", afirmou Maduro, que voltou a acusar Iván Duque de ter formado mais de "mil mercenários", na Colômbia, para atacar o seu país.
Maduro já denunciou mais de 40 planos de assassinato desde que tomou posse em 2013, e em quase todos acusou os governos e líderes políticos dos Estados Unidos e da Colômbia como alegadamente responsáveis.
O governo colombiano disse no domingo que não reconhece os resultados das eleições legislativas na Venezuela, que considerou "fraudulentas" e promovidas por um "regime ilegítimo".
No domingo, a aliança de partidos que apoiam o Governo de Nicolás Maduro venceu as eleições legislativas, com 67,6% dos votos, quando tinham sido contados 82,35% dos boletins, anunciou o CNE. A taxa de participação foi de 31%, segundo o CNE.