O candidato presidencial da Frelimo, Filipe Nyusi, mantinha a liderança no escrutínio das eleições presidenciais moçambicanas, com 61,67%, numa atualização hoje divulgada pelo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), que contabilizou um terço das 17.010 mesas de votação.
Corpo do artigo
De um total de 1.705.702 boletins de voto apurados até às 12:00 locais (11:00 de Lisboa), Nyusi recolhia 1.051.921 votos (61,7%), praticamente o dobro do candidato da Renamo, Afonso Dhlakama, que seguia com 526.984 (30,89%), enquanto Daviz Simango, do MDM, contabilizava 126.921 (7.41%).
A contagem do STAE é referente às 11 províncias onde decorreu a eleição, nas quais o candidato da Frelimo liderava, à exceção do círculo eleitoral da Zambézia (centro), em que Afonso Dhlakama captava 80.199 votos (45,75%), embora com uma margem muito reduzida face a Filipe Nyusi (45,29%).
No círculo eleitoral de Nampula, que a última contagem, divulgada às 17:00 locais (16:00 de Lisboa) de quarta-feira, apontava para uma liderança do presidente da Renamo (47,70%), Afonso Dhlakama seguia hoje, com 67.736 votos (46,11%), atrás do candidato da Frelimo, que recolhia 69.344 votos (47,21%).
No apuramento das eleições legislativas, somente na Zambézia e em Sofala a Renamo levava vantagem sobre as outras formações políticas, recolhendo respetivamente 35.914 (44.27%) e 26.339 (38,92%), enquanto a Frelimo liderava a contagem nos círculos eleitorais de Cabo Delgado (79,79%), Gaza (90,17%), Manica (49,18%), Maputo Província (77%), Nampula (51,12%), Tete (56,76%) e Inhambane (77,9%).
Não foram ainda apresentados quaisquer dados sobre a votação para as legislativas nos círculos eleitorais de Maputo Cidade e de Niassa.
Mais de dez milhões de moçambicanos foram chamados na quarta-feira para escolher um novo Presidente da República, 250 deputados da Assembleia da República e 811 membros das assembleias provinciais.
No escrutínio concorreram três candidatos presidenciais e 30 coligações e partidos políticos.