A Renamo ameaça impedir, a partir de quinta-feira, a circulação rodoviária e ferroviária no centro de Moçambique e lançar ofensivas nas infra-estruturas mais importantes do país.
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O responsável pelo Departamento de Informação da Renamo diz que o governo de Moçambique quer acabar com a Resistência Nacional Moçambicana.
Acusa o executivo de estar a concentrar militares e meios bélicos na província de Sofala para atacar a Serra de Gorongosa, onde está o presidente do partido Afonso Dhlakama.
Numa conferência de imprensa em Maputo, Jerónimo Malagueta anunciou que vão bloquear, amanhã, as principais infra-estruturas do centro do país.
A empresa que gere as linhas férreas moçambicanas já garantiu que, até receber indicações em contrário por parte do governo, a circulação de comboios irá decorrer com normalidade.
O tráfego ferroviário no centro de Moçambique é dominado pelo escoamento do carvão da brasileira Vale e da anglo-australiana Rio Tinto, que exportam a sua produção através da linha férrea de Sena, que a Renamo ameaça bloquear.
Jerónimo Malagueta rejeitou ainda as acusações do governo de Moçambique de que os guerrilheiros da Renamo foram os autores do ataque de segunda-feira a um paiol e que provocou a morte a seis militares.