Moção de censura a May em vias de ser chumbada. Vem aí um novo referendo ao Brexit?
Esta tarde é votada a moção de censura à primeira-ministra britânica, apresentada pelo líder dos trabalhistas, Jeremy Corbyn. O documento tem fracas hipóteses de ser aprovado e o próximo passo do Partido Trabalhista pode ser pedir um novo referendo.
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É pouco provável que a moção de censura ao Governo de Theresa May, apresentada por Jeremy Corbyn na terça-feira, seja aprovada no Parlamento britânico.
A votação, que acontece esta tarde, pelas 19h00, conta já com o voto contra do Partido Unionista Democrático (DUP) da Irlanda do Norte. O DUP anunciou publicamente que vai rejeitara proposta do Partido Trabalhista, liderado por Corbyn.
Uma rejeição da moção de censura no Parlamento aumentará a pressão sobre Jeremy Corbyn, que declarou que, se não conseguir derrubar o Governo com uma moção, apoiará a realização de um segundo referendo à saída do Reino Unido da União Europeia.
A primeira-ministra britânica já veio defender que um segundo referendo sobre o Brexit daria origem a "mais dois meses de incerteza e divisões".
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Theresa May tem enfrentado uma forte oposição externa, mas também interna. Esta terça-feira, os deputados britânicos rejeitaram o acordo negociado pelo Governo de May para a saída do Reino Unido da União Europeia, numa votação com 432 votos contra e apenas 202 a favor.
Entre os 432 votos contra, estão os votos de 118 deputados do Partido Conservador, que rejeitam o acordo conseguido por May.
Já em dezembro, 117 conservadores votaram contra a continuação de Theresa May na liderança do partido.
A primeira-ministra britânica tem agora três dias para voltar ao Parlamento e explicar qual a estratégia que vai adotar para dar resposta ao chumbo do acordo conseguido com Bruxelas.