No debate da moção de censura à comissão europeia, Jean-Claude Juncker reafirmou-se disponível para se demitir, caso o Parlamento europeu assim o decida.
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Juncker diz que já esclareceu tudo o que tinha a esclarecer sobre o escandalo "Lux Leaks". E afirmou que até houve que se risse quando o acusaram de ser amigo do grande capital.
No Parlamento Europeu, em Estrasburgo, o presidente da comissão recusou ser conotado com o grande capital, e desafia os eurodeputados a esclarecerem, de uma vez, se querem derrubar a presidência da comissão.
Jean-Claude Juncker questionou as verdadeira razões da moção de censura: «Tenho a impressão que a intenção dos autores desta moção não é aquela à qual dão eco. Porque eles deveriam saber que eu não sou o amigo do grande capital. Toda a gente se riu nos andares superiores das grandes multinacionais, quando eu fui acusado disto».
O chefe do executivo comunitário criticou ainda a forma como o debate foi conduzido: «A moção de censura dirige-se a toda a comissão. E tenho a impressão que eu sou o único a ser interrogado».
Juncker desafiou o parlamento e diz-se disponível para abandonar o executivo comunitário: «Já tinha dito, no dia 15 de julho, que se o parlamento europeu retirasse a confiança a um dos comissários, esse membro da comissão seria convidado pelo presidente a demitir-se. Deixem tranquilos os outros comissários. Se vocês querem que eu saia, então digam. E eu vou-me embora».
A moção deverá ser votada na quinta feira. Nenhum eurodeputado português manisfestou apoio à iniciativa do grupo dos partidos da direita mais radical com assento no Parlamento Europeu.