Pianista morreu, aos 79 anos, vítima de um cancro raro.
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Chick Corea, o compositor de jazz norte-americano e pioneiro do teclado elétrico, morreu esta quinta-feira, aos 79 anos, vítima de um tipo raro de cancro, de acordo com uma declaração publicada na sua página de Facebook.
"Quero agradecer a todos aqueles que, ao longo da minha jornada, ajudaram a manter o fogo da música aceso. Espero que aqueles que sabem tocar, escrever, atuar ou qualquer outra coisa, o façam. Se não for por vocês, façam-no por todos nós. O muito precisa de mais artistas, mas também é muito divertido", lê-se numa mensagem que o artista deixou antes da morte, também divulgada na mesma rede social.
https://www.facebook.com/chickcorea/posts/10158422599898924
A carreira de Chick Coreia, que se prolongou durante mais de 50 anos, contou 23 Grammys e dezenas de álbuns. Na década de 1970 fez parte da banda Return To Forever, por onde passaram o guitarrista Al Di Meola, o saxofonista Joe Farrell e o baixista Stanley Clarke.
"Durante a sua vida e carreira, o Chick saboreou a liberdade e a diversão que tinha em criar algo novo. Era um marido, um pai e um avô amado e era um grande mentor e amigo para tantos. Através do seu corpo de trabalho e das décadas que passou a fazer digressões pelo mundo, tocou e inspirou a vida de milhões de pessoas", acrescenta o comunicado partilhado na página do músico.
"Algumas coisas que ele fazia eram geniais"
O músico Mário Laginha descreve Chick Corea como um "pianista incrível", recorda várias ocasiões em que partilharam o mesmo palco e sublinha-lhe a genialidade.
"Lembro-me de pelo menos duas vezes, em festivais de jazz na Alemanha, em que eu e a Maria João tocámos na primeira parte e ele tocou na segunda. Até falámos algumas vezes, era muito simpático e acessível. Algumas coisas que ele fazia eram geniais, o tema que mais me marcou foi o Crystal Silence com o Gary Burton, sempre adorei", explicou à TSF Mário Laginha.
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