O cartoonista, reconhecido mundialmente pelos desenhos de traços arredondados, tinha 86 anos.
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O desenho e o futebol foram as paixões do cartoonista, que ficou conhecido pelo humor sem palavras. Sábado à noite estava a jantar com a família em Maiorca, onde passava largas temporadas, quando se sentiu indisposto. Viria a falecer, aos 86 anos, o homem que muitos dizem que desenhava como um poeta.
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Filho de pais espanhóis, nasceu a 4 de agosto de 1932 na Argentina. Trabalhou na Argentina e no Peru, mas foi em França, onde viveu durante 17 anos, que atingiu fama internacional. Estreou-se na revista Paris Match em 1966.
Guillermo Mordillo Menéndez não dominava o francês e por isso publicava as tiras sem usar palavras. Acabou por ficar uma imagem de marca.
Traço gordo, sempre cheio, com um humor imediato e sarcástico, Mordillo tinha essa eficácia de dizer tudo num ambiente às vezes mais escuro mas também colorido.
Os narizes enormes passaram por muitas gerações, tornando estas personagens inconfundíveis. Nunca foi preciso escrever uma palavra mas disseram sempre tanto.
Venceu vários prémios no decorrer da sua longa carreira, como a Palma de Ouro de San Remo, o prémio de cartoonista do ano de 1977 no salão internacional de Montreal e o prémio Phoenix de 1973.