Kiev diz que russos entraram no complexo industrial. Moscovo anuncia novo cessar-fogo na Azovstal
As forças russas bombardearam "intensamente" o complexo siderúrgico localizado na cidade de Mariupol, onde está retido um número indeterminado de civis. Zelensky pede ajuda a Guterres para "salvar" os feridos.
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Depois de ter iniciado uma nova ofensiva por ar, terra e mar, as forças russas já conseguiram entrar no complexo siderúrgico de Azovstal, em Mariupol. Ao início da noite, o Ministério russo da Defesa anunciou um novo cessar-fogo para os próximos três dias, entre as 08h00 e as 18h00, para a retirada de civis.
"As forças armadas russas vão abrir um corredor humanitário entre as 8h00 e as 18h00 dos dias 5,6 e 7 de maio na Azovstal para a retirada de civis", informou.
Nesta quarta-feira, o presidente da Câmara de Mariupol anunciou que havia civis sob "combates violentos" na Azovstal, acrescentando que tinha perdido o contacto com os militares ucranianos encurralados nas caves do complexo siderúrgico.
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Entretanto, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky pediu a ajuda do secretário-geral da ONU, António Guterres, para "salvar" os feridos retidos no local.
"As pessoas que se encontram no local correm perigo de vida. Pedimos que nos ajude a salvá-las", disse Zelensky a Guterres numa conversa telefónica, destacando a necessidade de "ajudar a retirar todos os feridos de Azovstal".
As autoridades ucranianas tentaram estabelecer hoje quatro pontos de recolha de cidadãos em Mariupol, mas advertiram de que a situação da segurança é "muito difícil", nas palavras da vice-primeira-ministra, Iryna Vereshchuk.
Segundo Kiev, entre as ruínas da cercada cidade portuária do sudeste da Ucrânia, há mais de 10.000 habitantes sem água, comida, medicamentos e eletricidade.