Uma das passageiras que tinha ficado ferida no despiste de um avião no aeroporto de Moscovo acabou por morrer. O acidente aconteceu devido a um defeito no sistema de travagem.
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O número de vítimas mortais do despiste de um avião no sábado no aeroporto de Moscovo subiu para cinco, com a morte de uma comissária de bordo que tinha ficado ferida no acidente, informou a companhia aérea.
A companhia Red Wings, proprietária do aparelho que saiu da pista e acabou por invadir uma das principais autoestradas da cidade, informou da morte da funcionária na sua conta de Twitter.
Outros quatro tripulantes - comandante, copiloto, engenheiro e uma das comissárias de bordo - do Tupolev de fabrico russo, que chegava a Moscovo proveniente da República Checa, morreram no acidente.
Os restantes três tripulantes que viajavam no avião continuam internados em diferentes hospitais da capital russa, dois deles em estado grave.
Entretanto, um investigador da equipa que está a tentar apurar as causas do despiste atribuiu hoje o acidente a um defeito no sistema de travagem.
No sábado à noite, as equipas de socorristas encontraram a caixa negra do Tupolev-204 da companhia Red Wings, que pertence ao magnata Alexander Lebedev.
«O avião tocou a pista na posição certa para a aterragem, mas por uma razão ainda desconhecida não conseguiu parar», disse à televisão Alexander Neradko, diretor da agência federal de transporte aéreo. O aparelho acabou em chamas numa autoestrada junto ao aeroporto.
Uma fonte não identificada da equipa de investigadores do caso disse à agência Interfax que, «segundo dados preliminares, os pilotos usaram todos os sistemas de travagem disponíveis no avião».
«Mas, por algum motivo, a máquina não conseguiu parar e continuou a mover-se ao longo da pista. Muito provavelmente, a causa foi um defeito nos motores reversíveis ou nos travões».
Segundo as agências russas, nos últimos dois meses houve dois acidentes semelhantes com aviões da companhia Red Wings, que saíram de pista, embora sem fazer vítimas.
A agência de aviação russa, Rosaviatsia, informou hoje que tinha enviado na sexta-feira uma carta para a empresa Tupolev em que alertava para os problemas detetados nos sistemas de travagem dos Tu-204.
O Tupolev que se despistou no sábado tinha apenas quatro anos e poucas semanas, segundo fontes citadas pela agência oficial RIA-Nóvosti.