Movimento internacional “Juntos pela Palestina” lança este mês a Marcha Global por Gaza: "O silêncio não é uma opção"
Os protestos começam formalmente no dia 12 de junho, no Cairo, no Egito, e têm por meta chegar a Rafah, na Faixa Gaza, atravessando a fronteira a nordeste do Sinai, onde a ajuda humanitária foi cortada desde o dia 2 de março
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O movimento internacional “Juntos pela Palestina” lança este mês a Marcha Global por Gaza, que pretende juntar ativistas e profissionais de saúde.
A iniciativa, que arrancou este fim de semana com as primeiras manifestações simbólicas contra a catástrofe humanitária no território palestiniano, junta ativistas de 31 países e conta com o apoio de 150 organizações não governamentais.
Os protestos começam formalmente no dia 12 de junho, no Cairo, no Egito, e têm por meta chegar a Rafah, na Faixa Gaza, atravessando a fronteira a nordeste do Sinai, onde a ajuda humanitária foi cortada desde o dia 2 de março.
O desafio foi lançado nas ruas de Genebra por uma porta-voz do movimento, a médica turca Hüseyin Durmaz, que considera que "este é o momento certo para agir".
O que está a acontecer em Gaza não é apenas uma crise regional, mas um ponto de viragem para o futuro da humanidade. Se permanecermos em silêncio agora, vamos deixar uma cicatriz profunda na consciência da humanidade. Mas, se agirmos agora, devolvemos a esperança, não só a Gaza, mas também a toda a humanidade. Juntos, somos mais fortes.
A média defende que o "silêncio não é uma opção" e urge a população a "agir e lutar pela justiça". Apela, por isso, à presença de todos para "amplificar a voz de Gaza para o mundo" e lembra que, ao longo da história, "a humanidade escolheu a luz nos seus momentos mais sombrios". Hoje, são os palestinianos que "aguardam essa luz".
"Acendam as vossas consciências, o vosso poder, a vossa esperança, pois a libertação de Gaza não é apenas a salvação da Palestina, mas a salvação da humanidade. Vamos acender juntos esta faísca e mostrar que estamos do lado certo da história. (...) Se não fizermos nada hoje, ficamos para a história como aqueles que nada fizeram, que escolheram o silêncio", alerta.
O conflito em curso foi intensificado pelos ataques liderados pelo grupo islamita palestiniano Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez cerca de 1200 mortos, na maioria civis, e mais de duas centenas de reféns. Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 54 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
