O MPLA ganhou as eleições gerais angolanas com maioria qualificada e José Eduardo dos Santos foi eleito indiretamente Presidente da República.
Corpo do artigo
Segundo a última atualização da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), o MPLA tinha 72,85 por cento dos votos, quando estavam escrutinados 84,7 por centos dos boletins e 85,3 por cento das mesas de votação.
Em segundo lugar, nos totais nacionais dos resultados provisórios, surgia a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), com 18,22 por centos dos votos, e em terceiro a Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), com 5,6 por cento.
De um total de cerca de 9,7 milhões de eleitores inscritos, estavam escrutinados 8,2 milhões de votos, não tendo sido divulgados dados relativos à abstenção.
À luz destes resultados provisórios, o MPLA renova por cinco anos o mandato no poder, que exerce desde a independência de Angola, em 1975.
De acordo com a Constituição aprovada há dois anos, José Eduardo dos Santos foi automaticamente eleito Presidente da República, na qualidade de número um da lista do seu partido, obtendo pela primeira vez em mais de três de décadas a legitimidade num processo eleitoral completo para exercer o cargo.
Manuel Vicente, ex-administrador da petrolífera estatal Sonangol, número dois da lista do MPLA, foi eleito automaticamente vice-Presidente da República.
À semelhança das legislativas realizadas em 2008, o partido no poder ganhou a votação, de acordo com os resultados provisórios, com larga margem em todas as 18 províncias do país.
A UNITA obteve o segundo lugar em 15 províncias, perdendo esta posição apenas no Cuanza Norte e Namibe para a CASA-CE e na Lunda Sul para o Partido da Renovação Social (PRS).