"Todos merecem descansar em paz". É o que defendem os dois ativistas muçulmanos que iniciaram a campanha para ajudar a pagar os estragos num cemitério judeu, em St. Louis, nos Estados Unidos.
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No fim de semana, mais de 150 de lápides do cemitério Chesed Shel Emeth foram vandalizadas, num ato que o governador do Estado do Missouri Eric Greitens descreveu como "profanação". "Precisamos combater atos de intolerância e ódio", escreveu no Twitter.
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Também a Casa Branca afirmou, em comunicado, que "qualquer ato de violência motivado por ódio não tem lugar no nosso país, fundado na premissa da liberdade individual de cada um".
Depois do ato de vandalismo, dois ativistas muçulmanos decidiram arregaçar as mangas e criar uma campanha para ajudar a pagar os danos no cemitério.
"Através desta campanha, esperamos enviar uma mensagem de união das comunidades judaica e muçulmana, em que não há lugar para este tipo de ódio, profanação e violência na América", pode ler-se na página criada no site LaunchingGood. Até ao momento, a campanha conseguiu mais de 57 mil dólares (cerca de 54 mil euros).
Um dos ativistas contou ao Washington Post que quando viu as notícias se lembrou de uma história do profeta Maomé que parou quando viu um funeral judeu passar. Quando questionado porque o tinha feito, respondeu: "Não é uma alma humana?".
Tarek El-Messidi defende que a história de Maomé faz aqui sentido, uma vez que "mostra que todos merecem descansar em paz. Esta é uma bela forma de mostrar respeito pelos nossos primos judeus".
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