O alerta é feito pelo Programa Alimentar Mundial e pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. Os dois organismos internacionais visitaram o país e encontraram uma população em risco.
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Na Coreia do Norte há 11 milhões de pessoas que já estavam subnutridas, agora 10 milhões correm o risco de não ter o que comer.
O Programa Alimentar Mundial e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, estiveram no país, e revelaram que as colheitas têm sido as piores da ultima década. Uma situação causada pela seca, inundações e ondas de calor.
Os peritos já encontraram níveis de consumo de alimentos muito baixos, uma diversidade alimentar limitada e famílias que são forçadas a cortar refeições ou comer menos e acreditam que a situação vai piorar. O Sistema de Distribuição Pública do governo, do qual depende uma grande parte da população, foi forçado a cortar as rações para níveis mínimos. As crianças pequenas e as mulheres grávidas que são as mais vulneráveis à subnutrição.
Há o receio de que se não houver uma ajuda internacional substancial, a comida disponível seja ainda menor entre os meses de Junho e Outubro, que são sempre complicados na Coreia do Norte.
A FAO diz que a produção de trigo, cevada e batata, que desempenha um papel importante na alimentação dos coreanos, pode não ser suficiente para acudir a todos. A maioria da população já sobrevive com uma dieta baseada em arroz e kimchi, que é uma couve conservada durante todo o ano, a ingestão de proteínas é rara o que torna a saúde dos coreanos mais vulnerável.
O mês passado, as duas organizações pediram à comunidade internacional, e em especial aos Estados Unidos, que colocassem a politica de lado e pensassem nas crianças, apelando ao envio de alimentos.
Na década de 90, do século passado, a fome matou cerca de 3 milhões de norte coreanos, o PAM e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação querem evitar uma situação idêntica.