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REUTERS
Duas associações de venezuelanos lançaram campanhas de recolha de fundos. Com o dinheiro recolhido compram bens de primeira necessidade que enviam para a Venezuela e apoiam emigrantes que já regressaram ao arquipélago da Madeira.
A associação civil de venezuelanos (Venexos) é uma das duas instituições que tem feito chegar à Venezuela sobretudo medicamentos e alimentos para bebés. Essa é apenas a ajuda mais urgente. A dirigente da Venexos, Liliana Rodrigues, diz que nesta altura "faz falta tudo. As pessoas já não têm condições para comprar o pouco que existe".
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O envio de medicamentos é considerado prioritário porque em alguns casos nem nos hospitais é possível encontrá-los. "Muitas pessoas têm de levar os próprios medicamentos e o material necessário para uma cirurgia ou qualquer outra intervenção médica", afirma.
As autoridades regionais da Madeira calculam que nos ultimos dois anos regressaram ao arquipélago cerca de sete mil emigrantes da Venezuela. Liliana Rodrigues diz que mais desejam voltar mas não têm meios para isso: "Mesmo que vendam as coisas que têm lá, como carros e casas, não conseguem sair porque o dinheiro não tem qualquer valor".
A dirigente da Venexos diz que a recolha de fundos está a correr muito bem e que não tem havido problemas no envio da ajuda para a Venezuela.
A Venexos criou uma conta para recolha de fundos . Toda a informação necessária está na página da associação civil de venezuelanos na internet.
A outra associação empenhada na recolha de fundos é a Venecom. A Associação da Comunidade de Imigrantes Venezuelanos na Madeira privilegia o apoio aos emigrantes que regressaram à região autónoma.