Especialistas em direitos humanos da ONU apelaram hoje à comunidade internacional para tomar medidas urgentes para evitar um potencial genocídio da comunidade yazidi no Iraque.
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Milhares de membros da minoria religiosa yazidi estão presos nas montanhas do noroeste do Iraque com pouca comida e água após terem fugido aos 'jihadistas' do Estado Islâmico, que ocuparam a região.
«Todas as medidas possíveis devem ser tomadas urgentemente para evitar uma atrocidade em massa ou um potencial genocídio dentro de dias ou horas», disse Rita Izsak, especialista das Nações Unidas em direito das minorias.
«Os civis têm de ser protegidos no terreno e escoltados até deixarem de estar numa situação de perigo extremo», referiu Izsak num comunicado conjunto com outros defensores dos direitos humanos.
Os especialistas consideram que «a responsabilidade de proteger populações em risco de crimes atrozes é do governo iraquiano e da comunidade internacional».
Milhares de refugiados yazidi estão retidos no Monte Sinjar, cercado pelos extremistas sunitas do Estado Islâmico, que controlam grande parte do norte do Iraque e do leste da vizinha Síria.
Os yazidi são uma comunidade étnico-religiosa curda, que representa uma crença com raízes no zoroastrismo, religião monoteísta fundada na antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra.