"Nada pode justificar o horror." Guterres volta a pedir libertação de reféns na posse do Hamas

António Guterres, secretário-geral da ONU
Charly Triballeau/AFP
O secretário-geral da ONU reafirma a condenação do ataque do Hamas que deu origem à guerra entre Israel e a Palestina.
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António Guterres voltou, este domingo, a pedir a libertação dos reféns ainda na posse do Hamas. No dia em que passam seis meses sobre o início do conflito entre Israel e a Palestina, o secretário-geral das Nações Unidas reafirma a condenação do ataque do Hamas que deu origem à guerra.
"7 de Outubro é um dia de dor para Israel e todo o mundo. As Nações Unidas e eu próprio lamentamos, com os israelitas, as 1200 pessoas, incluindo mulheres e crianças, que foram mortas a sangue frio. Nada pode justificar o horror desencadeado pelo Hamas a 7 de Outubro. Mais uma vez condeno o uso da violência sexual, tortura, ferimentos e rapto de civis, o disparo de rockets contra alvos civis e o uso de escudos humanos. E apelo à libertação incondicional de todos os reféns ainda na posse do Hamas e outros grupos armados", disse.
A mais mortífera guerra entre Israel e o Hamas, iniciada a 7 de outubro de 2023, cumpre domingo seis meses, sem um fim à vista, após tornar Faixa de Gaza sinónimo de devastação e catástrofe.
Apesar de uma curta trégua de uma semana, em novembro, que resultou na libertação de cerca de 100 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinianos, as sucessivas negociações não deram frutos, pelo que o conflito continua a ceifar vidas.
O conflito foi desencadeado a 7 de outubro de 2023 com o inédito ataque do movimento islamita palestiniano a território israelita, o que levou Israel a retaliar, prometendo que só terminaria com a ofensiva militar depois de "aniquilar" o Hamas.
O Ministério da Saúde do Hamas anunciou no sábado um novo balanço de 33.137 mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra.