O Governo português decretou que apenas os portugueses podem entrar no país oriundos do Reino Unido.
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A nova estirpe do coronavírus, descoberta em Londres e no sudeste do Reino Unido, está a dificultar a saída a muitos cidadãos do território britânico. Vários países anunciaram o encerramento das fronteiras com o Reino Unido.
A TSF falou com um português que vive em Londres. Pedro Eleutério trabalha num teatro londrino, e confirma que está a ser muito difícil sair da capital britânica.
"As pessoas neste momento não estão a conseguir viajar. Tive uma amiga que decidiu ir para o aeroporto mais cedo para fazer o teste, e no dia a seguir cortaram os voos. Está a haver uma certa dificuldade em sair do país", admite.
Eleutério dá conta de uma corrida aos supermercados, mas, ao mesmo tempo, muita gente circula sem máscara.
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"Por um lado, as pessoas estão preocupadas com o que se está a passar, mas por outro, as ruas continuam cheias, pessoas sem máscara", lamenta.
Nos últimos dias, com o encerramento das fronteiras, os britânicos correram para os supermercados para evitar a falta de alimentos. "São filas e filas. É impossível entrar nos supermercados", diz.
"Recebi uma chamada de uma amiga que me disse para parar tudo o que estava a fazer, e para ir ao supermercado. É este o estado em que as pessoas estão", explica.
O português que vive Reino Unido diz que o fim do ano de transição com a União Europeia, depois do Brexit, está a ajudar à desordem.
Pedro Eleutério está sem trabalho, era responsável pelo guarda-roupa da peça "O Fantasma da Ópera". Depois de uma breve reabertura, a nova estirpe em circulação no Reino Unido levou o Governo a decretar, de novo, o confinamento.
O Governo português decretou no domingo que apenas os residentes em Portugal ou os nacionais portugueses e respetivos familiares possam entrar em Portugal oriundos daquele território, ainda que sujeitos a um teste negativo PCR ao SARS-Cov-2.
A restrição, com efeito a partir das 00h00 desta segunda-feira, foi decretada na sequência da evolução epidemiológica no Reino Unido.
A nova estirpe, 70% mais contagiosa, ainda não foi detetada em território português.
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