O presidente da Comissão Europeia também lamentou que Bruxelas tenha seguido o caminho recomendado pelo FMI, sublinhando que a Europa tinha capacidade para resolver os seus problemas sem a colaboração de terceiros.
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Jean-Claude Juncker admite que a Europa não foi suficientemente solidária com a Grécia. Numa cerimónia no Parlamento Europeu para assinalar os 20 anos do euro, o presidente da Comissão Europeia apontou erros cometidos durante a última crise.
Juncker lamentou que Bruxelas tenha seguido o caminho recomendado pelo FMI, sublinhando que a Europa tinha capacidade para resolver os seus problemas sem a colaboração de terceiros.
"Lamento que tenhamos dado demasiada importância ao Fundo Monetário Internacional. A Europa tinha músculo suficiente para resistir sem a interferência do FMI na crise que surgia. Da mesma forma, arrependo-me da falta de solidariedade para com aquilo que chamamos de crise grega. Não fomos suficientemente solidários com a Grécia. Nós insultámos a Grécia de forma encoberta. Agora, fico satisfeito por ver a Grécia, Portugal e outros países recuperarem um lugar entre as democracias europeias."
Quando a crise financeira começou, Jean-Claude Juncker era presidente do Eurogrupo. Agora preside à Comissão Europeia.