Em causa está a comentadora Monica Crowley que vai ter um papel de destaque na nova administração como diretora de estratégia e comunicação de segurança nacional.
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A notícia foi avançada pela primeira vez por um jornal online de política norte-americana e é agora confirmada pela CNN.
Na tese de 2000 apresentada na Universidade de Columbia, a conservadora Monica Crowley plagiou centenas de parágrafos de vários textos, incluindo teses universitárias, textos da Associated Press e até documentos do antigo secretário de estado Henry Kissinger que deixaram de ser secretos.
A televisão norte-americana deu-se ao trabalho de publicar no site da internet os textos com as partes plagiadas. Contactada pela CNN, a Universidade não quis fazer comentários dizendo que qualquer processo que esteja em curso é confidencial.
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Esta não é a primeira vez que Monica Crowley se vê envolvida num escândalo destes. Em 1999, um texto que escreveu para o Wall Street Journal foi denunciado por um leitor que o considerou muito parecido a um artigo publicado 11 anos antes na revista Neoconservadora Commentary. O editor do Wall Street Journal disse na altura que se tivesse conhecimento do plágio nunca teria publicado o texto, já Crowley negou qualquer plágio mas admitiu que o texto era semelhante.
Outra investigação da CNN KFile mostrou que em mais de 50 parágrafos do livro de Monica Crowley "What the (Bleep) just Happened?", publicado em 2012, havia trechos copiados de outras fontes. Ontem a editora Harper Collins anunciou a suspensão da venda do livro até que a autora possa rever o material.
Para já, Crowley não quis comentar estas novas informações.
Quando foi conhecida a escolha dela por parte de Donald Trump, o líder da equipa de transição emitiu um comunicado em que dizia que "A Dra Crowley é uma reconhecida intelectual que tem um doutoramento em relações internacionais da Universidade de Columbia, é ainda uma analista política e de assuntos internacionais da Canal Fox e é uma escritora de um best seller e colunista do Washington Times".
Esta não é a primeira vez que o plágio ensombra o percurso de Trump. Já antes na convenção que o confirmou como candidato republicano à presidência o discurso da mulher Melania tinha passagens exatamente iguais a um discurso de Michelle Obama.