Milhões de pessoas no litoral sudeste dos EUA estão na trajetória do Dorian. Não os habitantes do Alabema, mas o presidente dos EUA resolveu alargar o alerta àquela região.
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Donald Trump anunciou erradamente no Twitter que o furacão Dorian ia atingir o Alabama. A informação foi rapidamente desmentida pelo serviço meteorológico de Birmingham.
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O Alamaba "não vai sentir os efeitos do Dorian", escreveu o National Weather Service Birmingham, Alabama, em resposta às declarações do Presidente dos Estados Unidos na mesma rede social, este domingo.
Apesar do reparo, Donald Trump não apagou o tweet e repetiu o erro numa conferência de imprensa, afirmando que o Alabama pode ser afetado "pelo menos por ventos muito fortes ou algo mais do que isso".
"Alabama, tenham cuidado, também", reforçou o presidente, citado pelo The Guardian.
Através de videoconferência, o chefe de Estado conversou com os governadores dos estados que podem vir a ser afetados pelo furacão nas próximas horas, como a Florida, Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul, acerca dos preparativos para a chegada do Dorian.
Na mesma conferência de imprensa Donad Trump disse ainda várias vezes que nunca tinha ouvido falar num furacão de categoria 5. Esta é, no entanto, pelo menos a quarta vez que é registado um furacão com a mesma intensidade. O Matthew e o Irma, por exemplo, atingiram a categoria mais grave da escala e atingiram os Estados Unidos em 2016 e 2017, respetivamente.
"Não tenho certeza que alguma vez tenha ouvido falar sobre a categoria 5. Sabia que existia, e vi alguns de categoria 4, mas não se veem tantos destes", disse Trump durante uma visita ao Centro Nacional de Coordenação da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), em Washington, onde foi informado sobre os preparativos em relação à iminente chegada do furacão à costa sudeste dos EUA.
Segundo o Centro Nacional de Furacões o Dorian baixou esta segunda-feira para categoria 4, mas chegou a atingir a categoria máxima na escala Saffir Simpson, tornando-se o mais forte de sempre a atingir o arquipélago das Bahamas.
Cerca de 13 mil casas poderão ter sido danificadas ou destruídas pela força de ventos que atingiram os 300 quilómetros por hora à passagem do furacão pelas Bahamas.
O Dorian provocou "estragos consideráveis" nas ilhas Abacos e Grande Bahama, de acordo com as primeiras avaliações rápidas das autoridades e responsáveis da Cruz Vermelha no terreno.