"Não pensem que atacaram e acabou." Irão lança centenas de mísseis contra Israel, Conselho de Segurança da ONU unânime a pedir para que reduzam a tensão
O Exército israelita atacou na madrugada desta sexta-feira o Irão. Siga ao minuto na TSF
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Israel iniciou na madrugada desta sexta-feira uma ofensiva militar contra o Irão com bombardeamentos a instalações militares e nucleares. Pelo menos 78 pessoas morreram e 320 ficaram feridas, segundo a diplomacia iraniana. Os ataques noturnos, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro).
O Irão retaliou lançando esta sexta-feira à noite centenas de mísseis contra território israelita, com explosões registadas sobre os céus das cidades de Telavive e Jerusalém.
"As defesas de Teerão foram reativadas há poucos minutos (...) para enfrentar os projéteis do regime sionista", informou a agência de notícias oficial, IRNA, enquanto um correspondente da agência France-Presse (AFP) relatou ter ouvido fortes explosões na capital iraniana e ter visto um brilho vermelho no céu.
Também o jornal norte-americano The New York Times reportou testemunhos de residentes em Teerão que, na última hora, ouviram sons de explosões e disparos de mísseis de defesa antiaérea.
- Do lado da comunidade internacional, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou estar <strong>informado dos planos de Israel</strong> e reiterou a necessidade de prevenir que o Irão obtenha armas nucleares. Os 15 países do Conselho de Segurança das Nações Unidas coincidiram nos <strong>apelos ao Israel e ao Irão para que reduzam as tensões</strong> e priorizem meios diplomáticos para resolver o atual conflito, embora com algumas variações.
- Em geral, países africanos e asiáticos criticaram as ações "unilaterais" de Israel nos ataques ao Irão, bem como o "desrespeito" à Carta da ONU e à soberania de outros Estados, enquanto países europeus e os Estados Unidos destacaram o perigo representado pelo programa nuclear iraniano. Das grandes potências, <strong>apenas a Rússia se manifestou claramente em apoio ao Irão: </strong>o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, descreveu o ataque como "uma grave violação da Carta da ONU".
Segundo as agências de notícias iranianas, o ataque israelita da última madrugada fez pelo menos 78 mortos e mais de 320 feridos.
O líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, prometeu vingança pelos ataques israelitas, numa mensagem gravada ao país, transmitida enquanto mísseis iranianos voavam em direção a Israel.
Khamenei disse que as Forças Armadas da República Islâmica estavam preparadas para contra-atacar.
“Não pensem que eles atacaram e acabou. Não. Eles começaram o trabalho e começaram a guerra. Não permitiremos que escapem impunes deste grande crime que cometeram”, declarou o ayatollah.
O Irão lançou esta sexta-feira cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação por bombardeamentos contra vários locais do Irão, incluindo diversas instalações nucleares, como a central de enriquecimento de urânio de Fordo, na província de Qom.
A Guarda Revolucionária do Irão confirmou em comunicado o lançamento da “Operação Promessa Verdadeira III” em resposta ao "Leão em Ascensão", as manobras militares lançadas durante a noite por Israel contra instalações nucleares iranianas e a liderança militar da República Islâmica.
O Exército israelita recomendou que a população permanecesse em "áreas protegidas até novo aviso" perante o contra-ataque iraniano, embora tenha posteriormente retirado a recomendação após considerar que os lançamentos iranianos haviam parado. Inúmeras explosões foram relatadas na capital, Telavive, e em Jerusalém.
Pelo menos sete pessoas ficaram feridas no centro de Israel, em consequência do ataque iraniano com mísseis ao território israelita, indicaram os serviços de socorro.
A informação foi transmitida pelo o porta-voz dos socorristas do Magen David Adom, o equivalente israelita à Cruz Vermelha, em declarações ao canal 12 da televisão israelita.
O Irão anunciou que vai manter o espaço aéreo fechado pelo menos até amanhã.
De acordo com fontes oficias norte-americanas, citadas pela agência de notícias France-Presse, os Estados Unidos assumiram que estão a ajudar Israel a defender-se dos ataques iranianos. Mesmo assim, alguns mísseis conseguiram furar a Cúpula de Ferro.
Bombeiros israelitas relataram "vários incidentes graves", principalmente na região de Telavive, onde tentam retirar pessoas presas num prédio de vários andares que sofreu danos e um incêndio.
Oren Rosenblat, embaixador de Israel em Portugal, em declarações à RTP, confirma a existência de 41 feridos nos ataques iranianos contra Televive.
No Norte de Israel, os bombeiros relataram estar a combater um incêndio florestal e, em Jerusalém, receberam um relato inicial de um míssil que caiu numa área aberta.
"Neste momento, não estamos a aceitar qualquer pedido de moderação", disse Araqchi ao seu homólogo britânico, David Lammy, de acordo com relatos de meios de comunicação iranianos.
O chefe da diplomacia iraniana insistiu que "a resposta do Irão à agressão de Israel será firme e decisiva, de acordo com a Carta da ONU.
O Irão informou a Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) de que as instalações nucleares de Fordo e Isfahan foram atingidas por ataques israelitas, anunciou o chefe do organismo da ONU.
“As autoridades iranianas informaram-nos de ataques a duas outras instalações, o local de enriquecimento de urânio de Fordo e Isfahan, onde existe uma fábrica de conversão”, disse Rafael Grossi num discurso em vídeo ao Conselho de Segurança da ONU.
Um porta-voz iraniano disse em Teerão que os danos nas instalações de Fordo e Isfahan, no centro do país, eram mínimos, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
O líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, prometeu vingança pelos ataques israelitas, numa mensagem gravada ao país, transmitida enquanto mísseis iranianos voavam em direção a Israel.
Khamenei disse que as Forças Armadas da República Islâmica estavam preparadas para contra-atacar.
“Não pensem que eles atacaram e acabou. Não. Eles começaram o trabalho e começaram a guerra. Não permitiremos que escapem impunes deste grande crime que cometeram”, declarou o ayatollah.
Sirenes de ataque aéreo soaram em todo o território de Israel após um ataque com mísseis iranianos ao país.
O estrondo das explosões pôde ouvir-se em toda a cidade de Jerusalém, e as estações televisivas israelitas mostraram imagens de colunas de fumo denso a subir em Telavive, após um aparente ataque com mísseis.
Não há ainda relatos de vítimas.
Várias explosões foram ouvidas ao início da noite em Teerão e nos arredores da capital iraniana, avançou a agência de notícias IRNA.
"Há relatos de explosões ouvidas na província ocidental de Teerão", nas cidades de Shahriar e Malard e perto de Chitgar, em Teerão, avançou a IRNA.
Segundo a agência Mehr, verificou-se ainda uma explosão em Pakdasht, uma cidade que fica a sudeste de Teerão.
- O Presidente russo já falou com o primeiro-ministro israelita e com o Presidente iraniano. <strong>Putin condenou os ataques e ofereceu-se para mediar o conflito</strong>. Do Irão, recebeu a garantia de que o país não procura obter uma arma nuclear.
- <strong>A União Europeia apela ao diálogo </strong>e, na opinião de Marcelo Rebelo de Sousa, pouco mais pode fazer. O Presidente da República considera que falta à Europa peso militar e geopolítico.
- Os Estados Unidos sempre tiveram conhecimentos dos planos de Israel. <strong>Donald Trump está pronto para defender Israel de retaliações.</strong>
- <strong>Esta não é uma guerra nova</strong>, garante o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, que, numa publicação nas redes sociais, assume que o ataque contra o Irão resulta dos ataques do Hamas, que levaram ao conflito na Faixa de Gaza.
Os ataques israelitas contra o Irão prosseguem. Eis alguns dos últimos desenvolvimentos:
- Em Israel, os ataques não chegam apenas do Irão. O exército israelita está a trabalhar para intercetar um míssil lançado do Iémen em direção a Israel, enquanto as sirenes dos raides aéreos soam em Jerusalém.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta quinta-feira que a Europa tem um peso geopolítico reduzido por falta de capacidade militar, e lamentou que os líderes europeus não tenham sido informados previamente da ofensiva israelita.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, revelou, em entrevista ao The Wall Street Journal, que estava a par dos planos para o ataque israelita contra o Irão, em curso desde a madrugada.
Quando questionado sobre o tipo de alerta que os Estados Unidos tinham recebido antes da ofensiva, Trump respondeu: "Aviso? Não foi um aviso. Sabíamos o que estava a acontecer".
O Chefe das Forças Armadas de Israel diz que vai usar “toda a força” para atingir os objetivos.
Os preços do petróleo chegaram a subir esta sexta-feira 14%, após o ataque de Israel ao Irão, apagando as quedas das últimas semanas, com o mercado a ser afetado por possíveis questões em torno do abastecimento.
O Presidente iraniano condenou esta sexta-feira o “ataque selvagem e criminoso” de Israel, que lançou vários bombardeamentos contra o país, e prometeu “uma resposta poderosa e legítima” de Teerão que fará com que “o inimigo se arrependa desta ação estúpida”.
Benjamin Netayahu tem estado a conversar há horas com chefes de Estado e de governo internacionais para discutir a operação de bombardeamentos contra território iraniano, que justifica como uma medida inevitável de autodefesa, dado o progresso de Teerão no alegado fabrico de uma arma atómica, acusação que as autoridades iranianas negam categoricamente.
Depois de manter conversações na quinta-feira à noite com o chanceler alemão, Friedrich Merz, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, nesta sexta-feira será a vez de falar com Donald Trump, Vladimir Putin e Keir Starmer, de acordo com um comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro israelita.
As conversações, de acordo com o gabinete, têm resultado numa "compreensão dos líderes internacionais em relação às necessidades defensivas de Israel" sob a "ameaça de aniquilação iraniana".
Três dos oito ativistas da Flotilha da Liberdade detidos por Israel continuam em território israelita devido ao "fecho após a declaração de emergência pela escalada entre Israel e o Irão", denunciou a equipa jurídica.
Os outros cinco ativistas foram deportados na quinta-feira através do aeroporto de Telavive.
"Os advogados não puderam visitar três dos detidos entre os voluntários da Frota da Liberdade - Mark van Rennes (Países Baixos), Pascal Maurieras (França) e Yanis Mhamdi (França) - devido ao atual encerramento [causado] pela escalada entre Israel e o Irão", relatou o centro jurídico palestiniano que representa os ativistas em Israel, Adalah.
Um advogado do Fundo para os Defensores dos Direitos Humanos (HRDF, na sigla em inglês), em coordenação com o Adalah, conseguiu falar por telefone esta manhã com os detidos, que lhe transmitiram que se encontravam "em condições razoáveis, dadas as circunstâncias atuais".
A equipa jurídica afirmou estar a analisar opções legais, como a possibilidade de serem libertados sob fiança ou prisão domiciliária, caso as restrições devido ao atual estado de emergência continuem.
Ouvido pela TSF, Mohasen Ghasemi, um iraniano a viver em Portugal, acredita que a "retaliação do Irão vai ser mais forte", com recurso a "exercícios militares".
"Acho que é, de facto, uma intervenção completamente gratuita, profundamente desnecessária e, acima de tudo, muito perigosa", que acontece "numa zona do mundo muito sensível", afirmou Marques Mendes, em declarações aos jornalistas, no final de uma visita ao Centro de Dia Algueirão Mem-Martins, no concelho de Sintra (distrito de Lisboa).
"Só posso lamentar uma situação desta natureza e, sobretudo, desejar que haja, como já parece que começa a haver, algumas tentativas de mediação para que este conflito não venha a escalar ainda mais", declarou.
Luís Marques Mendes afirmou que Israel e o Irão "têm uma relação tensíssima há muito tempo" e considerou que "esta é uma situação preocupante".
O candidato a Belém nas eleições presidenciais de janeiro do próximo ano assinalou que "a preocupação é diária, é constante", e no que toca à faixa de Gaza existe "já há bastante tempo".
"Relativamente à faixa de Gaza, começa a ser urgente que a Europa, ou a maior parte os países europeus, tomem decisões mais fortes e mais firmes", defendeu, considerando que aquilo que está a acontecer naquela zona "é uma situação intolerável".
"Não está em causa o direito de Israel à autodefesa, mas Israel está a abusar da sua intervenção, a criar uma crise humanitária sem precedentes e a tentar dizimar um povo. A pretexto de um grupo terrorista, está-se a tentar dizimar um povo, e julgo que é tempo de a Europa ser mais firme, a condenar e a agir", salientou.
O Governo de Israel anunciou esta sexta-feira o encerramento de todas as embaixadas israelitas no mundo como parte das medidas de segurança adotadas após os bombardeamentos realizados nas últimas horas pelo exército contra o Irão.
Ao contrário de Victor Ângelo, o major-general Raul Cunha, que desempenhou várias funções na NATO e esteve no terreno no Kosovo, não tem qualquer dúvida em acusar Israel de ser "um Estado terrorista".
Questionado no Fórum TSF desta sexta-feira sobre se o mundo está perante terrorismo de Estado por parte de Israel, o antigo secretário-geral adjunto da ONU Victor Ângelo não tem uma resposta concreta, já que é um conceito "difícil de definir".
Mas é evidente que é uma agressão contra um país soberano, é um ato de guerra, viola qualquer tipo de artigo da lei internacional.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou esta sexta-feira como "notícias profundamente alarmantes" as relativas aos bombardeamentos israelitas a dezenas de alvos militares e nucleares iranianos no Irão e apelou à "máxima contenção" das partes.
"As notícias que nos chegam do Médio Oriente são profundamente alarmantes. A Europa apela a todas as partes para que deem provas da máxima contenção, reduzam imediatamente a escalada e se abstenham de retaliações", escreveu Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social X.
Portugal está a seguir "com enorme preocupação o agravamento da situação no Médio Oriente", escreve o Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social X. Informa também que está atento à situação dos portugueses que vivem naquela região.
Tal como outras organizações e líderes mundiais, o ministério tutelado por Paulo Rangel "exorta à máxima contenção, evitando uma perigosa escalada e reabrindo canais diplomáticos".
Os Estados Unidos afirmaram esta sexta-feira que o Irão não pode ter uma bomba nuclear, como justificação para o ataque lançado esta madrugada por Israel contra Teerão, e avisaram que estão preparados para se defender e defender Israel de retaliações.
A administração do Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, garantiu que o Irão já está a tomar "medidas defensivas, políticas e legais" para fazer com que Israel "se arrependa" do ataque desta sexta-feira de madrugada contra o país persa.
"A partir deste momento, o Governo da República Islâmica do Irão começou a tomar as medidas defensivas, políticas e legais necessárias para que o ilegítimo Israel se arrependa e negará aos israelitas um momento de descanso", afirmou a administração de Pezeshkian, num comunicado citado pela agência oficial iraniana, IRNA.
"O final desta história será escrito pelo Irão", refere o comunicado, que defende o direito de Teerão de se defender.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, apelou esta sexta-feira à contenção e à diplomacia após os ataques de Israel ao Irão, situação com a qual está "profundamente preocupado".
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) disse que, apesar dos ataques israelitas à central de enriquecimento nuclear de Natanz, no centro do país, "os níveis de radiação não aumentaram".
Horas antes, a AIEA tinha confirmado que a central de Natanz foi atingida por bombardeamentos israelitas contra alvos militares e nucleares no Irão.
"A AIEA está a monitorizar de perto a situação preocupante no Irão. A Agência confirma que a central de Natanz está entre os alvos atingidos", escreveu a agência na rede social X, numa mensagem assinada pelo diretor-geral, Rafael Grossi.
A agência acrescentou que "as autoridades iranianas informaram a AIEA de que a central nuclear de Bushehr não foi atacada".
Esta central, em funcionamento desde 2011, está localizada no sul do Irão.
A China já apelou aos seus cidadãos em Israel para que mantenham a calma e reforcem a vigilância, na sequência do ataque conduzido por Israel contra o Irão, ao qual o exército iraniano prometeu responder.
Num comunicado divulgado pela embaixada chinesa em Telavive, as autoridades apelaram aos seus nacionais para que “acompanhem de perto a evolução da situação, mantenham a calma, estejam extremamente vigilantes e se preparem para se proteger de diversos tipos de ataques, nomeadamente mísseis e veículos aéreos não tripulados [‘drones’]”.
A embaixada aconselhou ainda os cidadãos chineses a “evitarem sair de casa, exceto em caso de absoluta necessidade, e a manterem-se afastados de instalações militares e instituições sensíveis”.
A ofensiva israelita surge num contexto de impasse nas negociações entre os Estados Unidos e o Irão sobre o programa nuclear iraniano. Nos últimos dias, tinham aumentado os receios de um ataque iminente de Israel contra alvos em território iraniano.
O Exército israelita confirmou que bombardeou, de acordo com as diretivas do Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, "dezenas de alvos" relacionados com o programa nuclear iraniano e outras instalações militares, disse um alto responsável militar à imprensa, numa videoconferência.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, instou Israel e o Irão a "exercerem a máxima contenção" após os bombardeamentos israelitas lançados durante a madrugada contra alvos militares e nucleares iranianos.
Num comunicado, Farhan Haq, porta-voz do líder da ONU, condenou, de um modo geral, "qualquer escalada militar no Médio Oriente".
O documento indicou que Guterres estava "particularmente preocupado" com os ataques israelitas às instalações nucleares iranianas, numa altura em que estavam marcadas negociações entre os Estados Unidos e o Irão.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) confirmou hoje que a central nuclear iraniana de Natanz foi atingida por bombardeamentos israelitas contra alvos militares e nucleares no Irão.
A AIEA afirmou ainda que está "em contacto com as autoridades iranianas", para vigiar "os níveis de radiação", e com os inspetores da agência no país.
Guterres recordou que os Estados-membros da ONU têm "a obrigação de agir em conformidade com a Carta da ONU e o direito internacional".
Isto depois do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano ter dito, minutos antes, que o ataque israelita constituía uma violação do artigo 4.º da Carta da ONU.
Guterres apelou a Irão e Israel para que "evitem a todo o custo mergulhar num conflito mais profundo, uma situação que a região mal pode suportar".
O Exército israelita confirmou que bombardeou, de acordo com as diretivas do Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, "dezenas de alvos" relacionados com o programa nuclear iraniano e outras instalações militares, disse um alto responsável militar à imprensa, numa videoconferência.
O exército de Israel, que bombardeou nas últimas horas instalações onde se encontravam altos funcionários iranianos e cientistas nucleares, afirmou que o Irão trabalhava num "plano secreto" para desenvolver "todos os componentes de uma arma nuclear".
"O regime iraniano está a seguir um plano secreto de avanço tecnológico em todos os aspetos do desenvolvimento de uma arma nuclear. No âmbito deste plano, cientistas nucleares de alto nível no Irão têm estado a trabalhar em segredo para desenvolver todos os componentes necessários para uma arma nuclear", disse o exército, em comunicado.
Ainda de acordo com os militares israelitas, o Irão trabalhava para produzir "milhares de quilos" de urânio enriquecido, bem como compostos de enriquecimento descentralizados e fortificados "em instalações subterrâneas", para enriquecer urânio com o objetivo de obter uma arma nuclear "num curto espaço de tempo".
Nos últimos meses, afirmou o exército, este programa acelerou significativamente.
"Esta é uma prova clara de que o regime iraniano está a operar para obter uma arma nuclear. O Estado de Israel não tem outra escolha", acrescenta-se no comunicado para justificar os ataques.
Pelas 03h30 locais (01h00 em Lisboa), ouviram-se fortes explosões no centro de Teerão. Pouco depois, soaram alarmes antiaéreos em todo o território de Israel, enquanto o Ministério da Defesa israelita anunciava o lançamento de um "ataque preventivo" contra o Irão e que os alarmes se destinavam a mobilizar a população israelita para o caso de um ataque de retaliação.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) confirmou esta noite que a central nuclear iraniana de Natanz foi atingida por bombardeamentos israelitas nas últimas horas.
"A AIEA está a monitorizar de perto a situação preocupante no Irão. A Agência confirma que a central de Natanz está entre os alvos atingidos", escreveu a agência na rede social X, numa mensagem assinada pelo diretor-geral, Rafael Grossi.
A AIEA afirmou ainda que está "em contacto com as autoridades iranianas", para vigiar "os níveis de radiação", e com os inspetores da agência no país.
O Exército israelita já confirmou que bombardeou, de acordo com as diretivas do Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, "dezenas de alvos" relacionados com o programa nuclear iraniano e outras instalações militares, disse um alto responsável militar à imprensa, numa videoconferência.
O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, prometeu esta noite um destino "amargo e doloroso" para Israel, após os ataques que mataram altos funcionários militares e nucleares iranianos.
“Com este crime, o regime sionista preparou um destino amargo e doloroso para si, e irá certamente recebê-lo”, disse Khamenei, numa declaração publicada na Internet.
A principal autoridade política e religiosa do Irão notou ainda que o agressor vai receber um “castigo severo”, mencionando a “natureza malvada” israelita com os ataques a áreas residenciais na capital iraniana.
Khamenei confirmou a morte de um número indeterminado de cientistas militares e nucleares no ataque e disse que os “sucessores retomarão imediatamente as suas funções”.
Também o exército iraniano disse esta madrugada que Israel e Estados Unidos vão receber uma "sonora bofetada” pelo ataque israelita que matou o comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irão e dois cientistas nucleares.
"Israel e os Estados Unidos receberão uma sonora bofetada", declarou o porta-voz das forças armadas iranianas, o general Abolfazl Shekarchi, em declarações divulgadas pelos meios de comunicação social do país.
Shekarchi garantiu que as forças armadas iranianas “vão responder em breve com contra-ataques, se Deus quiser”.
O responsável afirmou ainda que Israel tinha como alvo áreas residenciais na capital iraniana, não fornecendo mais detalhes sobre a ofensiva israelita.
O ataque começou por volta das 03h30 locais (01h00 em Lisboa), quando se ouviram fortes explosões na capital iraniana, tendo-se propagado a outras zonas do país.
A dimensão dos ataques é desconhecida, mas os meios de comunicação social oficiais iranianos noticiaram a morte do comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irão, general o Hossein Salami, e de dois cientistas nucleares.
“O general Hossein Salami, comandante-em-chefe da Guarda Revolucionária, e vários comandantes foram mortos nos ataques do regime sionista”, escreveram as agências IRNA e Tasnim, esta última ligada ao corpo militar de elite.
A IRNA também informou que um número desconhecido de civis foi morto em áreas residenciais no norte de Teerão.
O ataque ocorre no meio das negociações nucleares entre o Irão e os Estados Unidos, que começaram a 12 de abril e deveriam ter sido retomadas no próximo domingo, tendo agora sido suspensas.
O chefe do Estado-Maior do Exército de Israel disse esta madrugada que o país está a meio de "uma campanha histórica sem precedentes" contra o Irão, após bombardear dezenas de alvos militares e nucleares iranianos.
"Esta é uma operação crucial para evitar uma ameaça existencial de um inimigo que procura destruir-nos. Iniciámos esta operação porque chegou o momento: estamos num ponto sem retorno. Não podemos dar-nos ao luxo de esperar", disse Eyal Zamir, numa declaração em vídeo.
Além de alegados alvos e instalações militares, Israel também tem como alvo cientistas nucleares iranianos e altos funcionários iranianos.
A morte do comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irão, o general Hosein Salami, foi confirmada, de acordo com a agência de notícias estatal iraniana IRNA.
Por volta das 03h00 desta madrugada (01h00 em Lisboa), ouviram-se fortes explosões no centro de Teerão. Pouco depois, soaram alarmes antiaéreos em todo o território israelita, enquanto o Ministério da Defesa de Israel anunciava o lançamento de um "ataque preventivo" contra o Irão.
Um oficial militar esclareceu mais tarde que, por receio de uma retaliação, os alarmes foram acionados para despertar e mobilizar os israelitas para se dirigirem para 'bunkers'.
"Civis de Israel, não posso prometer sucesso absoluto; o regime iraniano tentará atacar-nos em resposta e o custo esperado será diferente daquele a que estamos habituados", prosseguiu Zamir, exortando os cidadãos a cumprirem as instruções de segurança.
"Esta é uma operação crucial para evitar uma ameaça existencial de um inimigo que nos quer destruir", acrescentou o chefe do Estado-Maior.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que a operação aérea "vai continuar durante os dias que forem necessários", com o objetivo de interromper o programa de enriquecimento nuclear do Irão.
"Atingimos o núcleo do programa de armamento nuclear do Irão. Atacámos a principal instalação de enriquecimento de urânio do Irão, em Natanz. Atacámos os principais cientistas nucleares do Irão que trabalham na bomba iraniana. Também atingimos o núcleo do programa de mísseis balísticos do Irão", revelou Netanyahu num vídeo.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou esta madrugada que Israel disse a Washington que atacar o Irão era "necessário para a sua defesa".
Rubio alertou na quinta-feira o Irão para não "atingir interesses norte-americanos" em retaliação.
"Não estamos envolvidos em ataques contra o Irão e a nossa principal prioridade é proteger as forças norte-americanas na região", disse Rubio, citado num comunicado.
O exército israelita anunciou esta noite que tinha concluído a primeira fase de ataques que atingiram instalações militares e nucleares iranianas em todo o país.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, vai liderar uma reunião do Conselho de Segurança Nacional nas próximas horas, anunciou a Casa Branca, após os ataques israelitas.
"Israel disse-nos que acredita que esta ação é necessária para a sua defesa", acrescentou Rubio, sem apoiar explicitamente os ataques que descreveu como unilaterais do aliado próximo dos EUA.
"O Presidente Trump e a sua administração tomaram todas as medidas necessárias para proteger as nossas forças e mantêm-se em contacto próximo com os nossos parceiros regionais", disse.
Trump tinha garantido na quinta-feira que se mantinha totalmente comprometido com uma solução diplomática para a questão nuclear iraniana, pedindo a Israel que não atacasse o Irão.
"Todo o meu Governo foi instruído para negociar com o Irão", disse, acrescentando que estava "muito perto de um bom acordo" sobre a questão nuclear iraniana.
Questionado sobre conversas mantidas com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, Trump respondeu: "Não quero que intervenham, porque acho que isso arruinaria tudo".
Uma sexta ronda de negociações entre o Irão e os Estados Unidos estava marcada para domingo em Mascate, mediada pelo Omã.
O principal democrata no Comité de Serviços Armados do Senado (câmara alta do parlamento) dos EUA criticou duramente Israel pelos ataques ao Irão, acusando-o de colocar a região e as forças americanas em perigo.
"A decisão alarmante de Israel de lançar ataques aéreos contra o Irão é uma escalada imprudente que corre o risco de inflamar a violência regional", disse o senador Jack Reed, em comunicado.
Resta saber como responderá o Irão e como intervirão os Estados Unidos na defesa de Israel.
Os Estados Unidos participaram nas defesas aéreas de Israel após o ataque com mísseis do Irão, em outubro.
A televisão estatal do Irão avançou hoje que Hossein Salami, o chefe da Guarda Revolucionária iraniana, um poderoso grupo paramilitar, poderá ter morrido nos ataques israelitas contra Teerão.
Um responsável da segurança de Israel disse que também o chefe do Estado-Maior iraniano poderá ter sido morto na sequência da ofensiva.
"É provável que o chefe do Estado-Maior iraniano [general Mohammed Bagheri] e os principais especialistas nucleares tenham sido eliminados nos ataques iniciais", notou, num comunicado, o dirigente, que não quis ser identificado.
A televisão estatal do Irão avançou esta noite que Hossein Salami, o chefe da Guarda Revolucionária iraniana, um poderoso grupo paramilitar, poderá ter morrido nos ataques israelitas contra Teerão.
Um responsável da segurança de Israel disse que também o chefe do Estado-Maior iraniano poderá ter sido morto na sequência da ofensiva.
"É provável que o chefe do Estado-Maior iraniano [general Mohammed Bagheri] e os principais especialistas nucleares tenham sido eliminados nos ataques iniciais", notou, num comunicado, o dirigente, que não quis ser identificado.
O exército de Israel atacou esta madrugada a capital do Irão, com o Governo israelita a afirmar ter como alvo instalações nucleares e militares.
A população de Teerão acordou com o som de explosões, sendo que a televisão estatal iraniana confirmou o ataque.
O Exército de Israel atacou esta madrugada o Irão, com o Governo israelita a afirmar ter como alvos instalações nucleares e militares.
A população de Teerão acordou com o som de explosões, sendo que a televisão estatal iraniana confirmou o ataque.
Não ficou claro até ao momento qual o local atingido, embora o fumo estivesse a subir de Chitgar, um bairro no oeste de Teerão.
Não há instalações nucleares conhecidas naquela zona — mas não ficou claro até ao momento se Israel lançou outros ataques contra o resto do Irão.
Um oficial militar israelita afirmou que o país visou instalações nucleares iranianas, sem as identificar.
O responsável falou aos jornalistas e pediu para não ser identificado para discutir a operação em curso, que também visa instalações militares.
O preço do petróleo Brent, referência no mercado, disparou com o ataque, subindo quase 5% com a notícia.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, confirmou que o país realizou o ataque, sem revelar o alvo.
"Na sequência do ataque preventivo do Estado de Israel contra o Irão, são esperados imediatamente ataques com mísseis e drones contra Israel e a sua população civil", disse em comunicado.
O comunicado acrescentou que Katz "assinou uma ordem especial declarando a situação de emergência na retaguarda".
"É essencial ouvir as instruções do comando e das autoridades da frente interna para permanecer em áreas protegidas", afirmou.
O Irão suspendeu hoje todos os voos no Aeroporto Internacional Imam Khomeini, o principal aeroporto do país, situado nos arredores de Teerão, informou a televisão estatal iraniana.
O Irão já tinha fechado o espaço aéreo no passado, antes de lançar ataques contra Israel durante a guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.
O ataque ocorre numa altura em que as tensões atingem novos patamares devido aos avanços do programa nuclear de Teerão.
Na quinta-feira, o Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atómica censurou o Irão, pela primeira vez em 20 anos, por não colaborar com os seus inspetores.
O Irão anunciou de imediato que iria estabelecer uma terceira unidade de enriquecimento de urânio no país e trocar algumas centrifugadoras por outras mais avançadas.
Há anos que Israel alerta que não permitirá que o Irão construa uma arma nuclear, algo que Teerão insiste não querer — embora as autoridades locais tenham alertado repetidamente que poderiam construí-las.
Os Estados Unidos já tinham retirado alguns diplomatas da capital do vizinho Iraque e ofereceram a retirada voluntária às famílias das tropas norte-americanas destacadas no Médio Oriente.
A Casa Branca não comentou até ao momento os ataques israelitas.
Quando começaram as explosões em Teerão, o Presidente norte-americano, Donald Trump, estava no relvado da Casa Branca a conversar com membros do parlamento.
Não ficou claro se foi informado, mas Trump continuou a apertar mãos e a posar para fotografias durante vários minutos.
Trump disse anteriormente que pediu ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que adiasse qualquer ação, enquanto o Governo de Washington negociava com o Irão.
"Enquanto eu achar que há uma [possibilidade de] acordo, não quero que eles entrem porque acho que isso arruinaria tudo", disse Trump aos jornalistas.
O exército de Israel anunciou que o Irão lançou mais de 100 drones contra território israelita e que "todos os sistemas de defesa estão a funcionar para eliminar as ameaças".
Numa breve conferência de imprensa virtual, o porta-voz do exército, Effie Defrin, admitiu que se avizinham "horas difíceis" face à resposta do Irão a que mataram altos funcionários militares e nucleares iranianos.
Defrin informou que 200 aviões de combate participaram no ataque lançado esta manhã contra o Irão, atingindo mais de cem pontos no país com 330 tipos diferentes de munições.
