"Não podemos esquecer que o mundo nos falhou." Deslocado sírio lamenta falta de apoio
Abdulkafi Allamdo, de 34 anos, já fugiu de várias cidades por causa do avanço do exército de Bashar Al Assad. Este antigo professor responsabiliza o mundo pelo que está a acontecer aos civis.
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Esta semana os sírios que têm acesso à internet organizaram a hora #speakupforidlib. Um momento em que querem que as pessoas nas redes sociais lembrem ao mundo o que está a acontecer a milhões de sírios.
A província é a última que ainda não está totalmente controlada pelo regime. No início da guerra a região tinha menos de um milhão e 500 mil habitantes, agora tem mais de 3 milhões. Os bombardeamentos constantes das forças sírias e russas levaram 900 mil pessoas a fugir, mais de 550 mil são crianças.
O subsecretário geral das Nações Unidas para os assuntos humanitários denunciou a tragédia humana que se vive na Síria. Mark Lowcock diz que recebe notícias diárias de bebés e crianças que morrem de frio. O desespero e o medo são grandes, assim como o cansaço.
Abdulkafi Allamdo divulgou um vídeo onde descreve o que se está a passar entre Idlib e Aleppo.
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Abdulkafi Allamdo conta que as forças do regime estão cada vez mais próximas. Os bombardeamentos são constantes e as pessoas foram deixadas para morrer.
Este antigo professor diz que no século XXI quando tanta se fala de democracia, direitos humanos e até de direitos dos animais, 4 milhões de pessoas foram deixadas à sua sorte. "É chocante," exclama Allamdo.