"Não se trata de um ciberataque." Falha global na Microsoft causada por "defeito em atualização" feita por empresa dos EUA
"O problema foi identificado e isolado", estando já a ser resolvido, garante a Crowdstrike
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A falha global na Microsoft, que afetou vários serviços esta sexta-feira em todo o mundo, foi causada por um "defeito na atualização de conteúdo para o sistema Windows", realizada pela Crowdstrike, uma empresa norte-americana, que garante "não se tratar de um incidente de segurança, nem de um ciberataque".
Em comunicado assinado pelo CEO da empresa, George Kurtz, citado pela BBC, lê-se ainda que a organização está a "trabalhar ativamente com os clientes afetados por uma falha numa atualização para Windows" e que os sistemas operativos Mac e Linux não foram atingidos. "O problema foi identificado e isolado", estando já a ser resolvido.
A empresa termina sublinhando que toda a equipa está "empenhada em garantir a estabilidade e a segurança" de todos os clientes da Crowdstrike.
Por sua vez, a Microsoft diz que há um "problema que está a afetar os dispositivos Windows devido a uma atualização de uma plataforma de software de terceiros". "Antecipamos que a resolução está próxima", remata a tecnológica.
Empresas de comunicação, comboios, consultas médicas e companhias aéreas estão a ser impactadas por este problema informático. Nem os Jogos Olímpicos escaparam: de acordo com uma fonte do comité organizador, citada pela agência France-Presse, os problemas afetaram o sistema de levantamento de acreditações e estão a perturbar a chegada dos atletas, devido aos constrangimentos causados em muitos aeroportos.
Por cá, a TAP alerta os seus clientes para "eventuais consequências da falha de serviço informático no tráfego aéreo e aeroportos" e, por sua vez, a ANA diz que são esperados constrangimentos nos aeroportos nacionais, apesar de o "sistema informático não ter sido afetado diretamente".
Do outro lado do Atlântico, as principais companhias aéreas dos Estados Unidos cancelaram todos os voos. A Ryanair está a aconselhar todos os passageiros a confirmarem os voos e a chegarem com três horas de antecedência ao aeroporto.
No que à saúde diz respeito, em Inglaterra, o Serviço Nacional de Saúde adianta que existem problemas no acesso aos resultados dos exames de radiologia e o sistema de marcação de consultas está em baixo. Também a prescrição de receitas está a sofrer constrangimentos. Nos Estados Unidos, também há registo de problemas na linha de emergência, o 911.
