
Júlio Lobo Pimentel/Global Imagens
O representante da Palestina em Lisboa considera que a aprovação da resolução das Nações Unidas que exige a Israel o fim dos colonatos é um sinal de que o mundo está com o palestinianos.
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"É um dia histórico para todos os palestinianos, especialmente depois de termos ficado desapontados com o veto dos Estados Unidos em 2011 a uma resolução idêntica a esta", garante, em declarações à TSF, o embaixador da Palestina em Lisboa.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou esta sexta-feira uma resolução que exige a Israel o fim "imediato" dos colonatos. O representante diplomático palestiniano, Hikmat Ajjuri, salienta que "agora, mesmo com a abstenção dos americanos, vemos isto como uma grande vitória. É a primeira vez que percebemos que todo mundo, todo o mundo, exceto Israel, está connosco".
"Agora percebemos que não estamos sozinhos e que estamos no lado certo, ao contrário dos israelitas que estão errados", salienta Hikmat Ajjuri, acrescentando: "É uma verdadeira vitória para todas as nações defensoras da paz no mundo".
Sobre o futuro com Donald Trump na presidência norte-americana, o representante da Palestina não receia aquilo que pode fazer o novo líder da Casa Branca.
Hikmat Ajjuri admite que "toda a gente está a falar do presidente americano eleito, mas nós não sabemos. O que sabemos é que no passado aquilo que vimos outros presidentes dizerem na campanha foi totalmente diferente, depois, do que fizeram quando chegaram à Casa Branca. Tenho a certeza que Donald Trump não vai ser diferente de outros presidentes", defende.
Questionado se este é um presente de última hora da administração do presidente Barack Obama, o representante da Palestina em Lisboa admite que é possível: "Talvez sim... Este talvez seja o melhor Natal que nós, palestinianos, tivemos.
Para Hikmat Ajjuri este será "um Natal diferente para todos nós na Terra Santa", sendo "preciso não esquecer que a Palestina é uma nação cristã e muçulmana".
"Este Natal vai ser de verdadeira alegria para todos nós, muçulmanos e cristãos na Palestina", conclui o representante palestiniano em Lisboa.