NATO admite intervenção militar na Ucrânia, Angela Merkel diz que o país já tem demasiadas armas
Na Conferência Internacional de Segurança da NATO está a ser discutido o conflito no leste da Ucrânia. A Nato não descarta uma intervenção militar na Ucrânia. O presidente francês já alertou: «sem uma solução, o cenário é o de uma guerra».
Corpo do artigo
A agência de noticias cita o general Filipe Breed Love, que afirma que esse é um cenário que não pode ser afastado.
O comandante militar da Nato diz que as propostas russas são totalmente inaceitáveis. O general avança que Vladimir Putin quer apenas reduzir dispositivos militares mas pretende deixar tropas no terreno. À entrada para esta conferencia internacional, que se realiza em Munique, o presidente ucraniano mostrou-se otimista numa solução rápida do conflito com a Russia, o chefe de estado da Ucrânia disse acreditar que as propostas ontem avançadas em Moscovo pela Alemanha e França podem resultar.
De acordo com a Reuters a chanceler alemã, Angela Merkel, disse, durante a conferência, não estar certa de que a iniciativa franco-alemã para resolver o conflito na Ucrânia seja bem sucedido. Mas sublinhou que ainda assim «vale a pena tentar, devemos isso aos ucranianos». Angela Merkel afirmou ainda que a Alemanha defende um debate sobre este conflito, mas não acredita que ajude a resolver a situação.
A chanceler alemã afirmou ainda que o envio de armas para ajudar o governo ucraniano a combater separatistas pró-russas não iria ajudar a encontrar uma solução para a crise.
«Eu entendo o debate, mas acredito que mais armas não levam a Ucrânia para o caminho que precisa .Se é verdade que não pode ser resolvido militarmente, então eu acho que devemos concentrar os nossos esforços noutras coisas. Já existe um grande número de armas na região e não me parece que uma solução militar seja a mais adequada».
Já o presidente francês afirmou que este «é um último esforço para conseguir a paz» e sublinhou que «se não sair uma solução para Ucrânia deste últimos esforço, é preciso ter consciência de o cenário é o de uma guerra».