A força da NATO no Afeganistão (ISAF) realizou hoje uma cerimónia destinada a marcar o fim de 13 anos de combate no país que continua a combater os rebeldes.
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O comandante norte-americano das forças internacionais no Afeganistão saudou hoje as conquistas feitas em 13 anos de luta contra os talibãs, numa cerimónia em Cabul para assinalar o fim da missão da NATO no país.
«Juntos conseguimos erguer o povo afegão da escuridão e desespero e dar-lhe esperança no futuro», disse o general John Campbell aos soldados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN -- NATO na sigla em inglês), acrescentando que tornaram o Afeganistão num país mais forte e os restantes países mais seguros.
A cerimónia foi organizada em segredo devido à ameaça de ataques terroristas talibãs em Cabul, já que a cidade tem sido palco de repetidos atentados suicidas e ataques armados durante os últimos anos.
Nos 13 anos de operação em Cabul, a ISAF perdeu 3.485 militares.
No dia 1 de janeiro, a atual missão será substituída por outra de assistência e treino do exército afegão.
«Dentro de alguns dias, a nossa missão de combate no Afeganistão será terminada», disse o Presidente Barack Obama na sua mensagem de Natal.
«A nossa guerra mais longa vai acabar de forma responsável», acrescentou.
Num cenário de grande turbulência regional, Estados Unidos e NATO vão liderar uma "missão de apoio" no Afeganistão pelo menos até 2016, enquanto se intensificam os esforços para promover o desenvolvimento de um país assolado por conflitos quase permanentes desde a invasão soviética de 1979.
O Acordo de Segurança Bilateral (BSA), que define o futuro estatuto das forças da NATO e dos EUA no Afeganistão, estipula que 9.800 tropas norte-americanas e pelo menos 2.000 soldados da NATO permaneçam no país após o fim formal da missão de combate internacional em 31 de dezembro.
A sua missão consiste em prosseguir o treino das forças afegãs e promover operações de combate ao terrorismo dirigidas aos eventuais redutos da Al-Qaida.