A ideia foi definida pelo secretário-geral da NATO que saudou o compromisso europeu com o aumento da despesa militar e disse que essa será uma medida bem vista por Donald Trump.
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Depois de Barack Obama, agora é o secretário-geral da Nato quem procura tranquilizar a Europa em relação ao compromisso da futura administração norte-americana com a Aliança Atlântica.
A falar em Bruxelas, à margem da reunião do Conselho Europeu de Defesa, Jens Stoltenberg disse estar confiante em relação ao futuro da Aliança Atlântica e que acredita que Donald Trump será até um apoiante da organização.
"O presidente eleito, Donald Trump declarou, durante a campanha, que é um grande admirador da Nato. Tenho a certeza que ele será um presidente dos que vai manter todos os compromissos dos Estados Unidos na Aliança [Atlântica]. Porque uma Nato forte é importante para a Europa, mas também para os Estados Unidos", disse.
O secretário-geral da Nato considera, inclusive, que a política de defesa que vai ser seguida na Europa é do agrado de Donald Trump.
Os ministros europeus da Defesa estão reunidos, em Bruxelas, numa altura em que se debate o aumento da despesa da Europa em matéria de defesa. Stoltenberg afirma que esta será uma decisão bem vista do lado americano.
"Esta tem sido a mensagem dos líderes americanos durante muitos anos. E, o lado bom é que vemos agora que os europeus estão a investir mais em defesa e na defesa da Europa e a contribuir também para a partilha dos encargos", adiantou Stoltenberg.
Nesta reunião, os ministros da defesa da União Europeia deram garantias ao secretário-geral da Nato de que vão aumentar a despesa militar dos em dois por cento do PIB, como tem sido a pedido pela Aliança Atlântica.
No orçamento português, ainda fica abaixo do critério da Nato. Este ano, os gastos na defesa subiram 1,39 por cento do PIB.
Já em relação a 2017, falando em valores absolutos, o ministro Azeredo Lopes diz que até ficaria satisfeito, se a percentagem relativa dos gastos na defesa ficasse aquém do compromisso com a Nato, já que tal significaria que a economia teria voltado a crescer.