O secretário-geral da NATO anunciou este sábado, em Varsóvia, a continuação da missão de treino e apoio às forças de segurança afegãs após o final deste ano.
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Jens Stoltenberg elogiou os progressos feitos pelas autoridades locais mas reconheceu que o país ainda tem muitos problemas para enfrentar. O secretário-geral da NATO reafirmou o empenho da organização em não deixar o Afeganistão sozinho.
"O Afeganistão está a fazer progressos e isso tem de continuar, especialmente quando se trata do respeito pelos direitos humanos, a luta contra a corrupção e as reformas eleitorais", afirmou.
Neste momento, já são as forças afegãs as responsáveis pela segurança em todo o território mas apesar da dedicação e coragem continuam a precisar de apoio.
O secretário geral da NATO considera ainda importante que grupos como o Daesh, a Al-Qaeda e os talibã saibam que o governo do Afeganistão não está sozinho: "Penso que é importante recordar que a NATO está no Afeganistão para evitar que o país se torne um porto seguro para os terroristas internacionais".
Nos próximos meses vai ser definido o modelo de ação para 2017, mas Stoltenberg tem uma certeza: a missão da Nato não será de combate. Para já, está assegurado o financiamento das forças de segurança locais até 2020. Serão três mil milhões de dólares por ano.
Para além dos líderes dos membros da NATO, neste encontro participaram também o Presidente afegão, Ashraf Gani, e o líder do Governo, Abdullah Abdullah.
Na quarta-feira, Barack Obama anunciou que os Estados Unidos vão manter 8.400 soldados no Afeganistão até início de 2017 e justificou a decisão com a precariedade da situação no terreno.
"Os talibãs continuam a ser uma ameaça (...). As forças de segurança afegãs ainda não são tão fortes como deveriam sê-lo", sublinhou Obama durante uma declaração na Casa Branca.