A guarda costeira italiana informou que uma embarcação transportando 27 dos 28 sobreviventes do naufrágio de uma traineira, com pelo menos 700 imigrantes a bordo, ocorrido no Mediterrâneo, chegou hoje ao porto de La Valeta, em Malta.
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As autoridades maltesas, que em colaboração com as italianas assumiram a operação de busca dos imigrantes desaparecidos após o naufrágio, responsabilizaram-se pelos 24 corpos recuperados e pelos 27 dos 28 sobreviventes da tragédia registada no fim de semana.
O outro imigrante resgatado com vida, oriundo do Bangladesh, transportado no domingo, de helicóptero, para a Sicília, relatou que a bordo do barco, que naufragou a 70 milhas da costa da Líbia, seguiam 950 pessoas, incluindo entre 40 e 50 crianças e aproximadamente 200 mulheres.
Um dos sobreviventes resgatados do mar após o naufrágio de uma embarcação a 70 milhas da costa da Líbia afirmou hoje que havia 950 pessoas a bordo, entre 40 a 50 crianças e cerca de 200 mulheres.
De acordo com os media italianos, um dos 28 sobreviventes, originário do Bangladesh, deu estes números às autoridades de Catania, no sul da Sicília, para onde foram levados os imigrantes salvos do mar Mediterrâneo.
O barco partiu de um porto situado a 50 quilómetros de Tripoli em direção à Itália, mas durante a travessia, os traficantes obrigaram alguns dos imigrantes a permanecer fechados nos níveis mais baixos da embarcação.
Outro dos sobreviventes tinha relatado anteriormente que se encontravam cerca de 700 pessoas a bordo.
As autoridades italianas receberam uma chamada de socorro no sábado à noite, avisando que o barco se encontrava em situação de perigo, e pediram ao navio de bandeira portuguesa "King Jacob", que se encontrava próximo, que fosse em seu auxílio.
Mas quando se aproximou da embarcação, os imigrantes «colocaram-se todos do mesmo lado e provocaram o afundamento», segundo o relato daquele sobrevivente recolhido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
O navio português ainda conseguiu resgatar algumas pessoas, mas centenas de pessoas continuam desaparecidas e o último balanço aponta para 24 mortos.
A União Europeia anunciou que vai organizar uma reunião de urgência com os ministros do Interior e dos Negócios Estrangeiros para debater esta situação e está igualmente em consideração a realização ode uma cimeira europeia extraordinária.