O navio espanhol que integra a frota com ajuda para Gaza está impedido de deixar o porto de Kolimpari, na ilha grega de Creta, confirmou à agência Lusa um dos activistas a bordo do Gernika.
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«Não podemos sair», disse o eurodeputado espanhol Willy Meyer.
As autoridades gregas divulgaram sexta-feira um comunicado proibindo as embarcações nos portos gregos de navegarem para Gaza e interceptaram no mar um navio norte-americano da frota pouco depois deste ter partido do porto de Pireu, perto de Atenas.
Para Willy Meyer, da Esquerda Unitária Europeia, trata-se da «submissão da diplomacia da União Europeia a Israel».
O eurodeputado indicou que todos os navios de frota se encontram em portos gregos, pelo que os activistas vão reunir-se e decidir o que fazer.
Os militantes pró-palestinianos de 22 países tinham previsto reunir a dezena de navios da frota no alto mar durante o fim-de-semana e então partir para a faixa de Gaza.
O impedimento de abandonar o porto é mais um obstáculo à realização da viagem, depois de dois navios da frota terem sido sabotados quando estavam atracados um num porto grego e outro num turco. Este último, o navio irlandês, ficou impedido de participar na frota.
Israel foi apontado pelos activistas como suspeito da sabotagem.
A 31 de Maio de 2010, nove passageiros turcos de um dos navios da primeira frota humanitária para Gaza foram mortos por um comando israelita que procurava impedir que as embarcações rompessem o bloqueio ao território palestiniano.
Israel já advertiu que a sua política não foi alterada e que as autoridades farão o necessário para que o bloqueio marítimo à faixa de Gaza seja respeitado.