Foi necessária apenas uma sessão de julgamento para o jihadista da denominada 'célula de Leyton' ser condenado.
Corpo do artigo
O português Nero Saraiva, o único jihadista da denominada 'célula de Leyton' que não morreu enquanto combatia, foi condenado a 15 anos de prisão no Iraque por crime de terrorismo.
A notícia, avançada pela RTP e pelo Expresso, mostra o acórdão do Tribunal Criminal Al-Rusafa, localizado no Iraque. Uma sessão de julgamento bastou para o juiz Jomaa Abd Dawoud confirmar a sentença de 15 anos de prisão.
A adesão e recrutamento a uma organização terrorista, mais especificamente o Estado Islâmico do Iraque e do Levante foram os fatores que levaram à detenção do português no país do Médio Oriente.
Segundo um documento de cinco páginas a que o semanário teve acesso, Nero Saraiva foi julgado e sentenciado a 16 de junho de 2022. Embora o alegado jihadista tenha negado as acusações, o juiz usou declarações do arguido quando foi detido em Mossul, a terceira maior cidade do Iraque, por "forças de segurança" não especificadas.
Durante todo o julgamento, o português foi representado por um advogado apoiado pela embaixada italiana, que representou Portugal.
Nero Saraiva, ex-combatente do Daesh, foi preso em 2019 pelas forças curdas na Síria foi transferido no início de 2020 para uma prisão no Iraque, onde se mantém até hoje.