Netanyahu avisa para combate "longo e difícil" na Faixa de Gaza por "terra, ar e mar"
Líder israelita assegurou que vão ser feitos "todos os esforços" para recuperar os reféns sob poder do Hamas e falou de uma guerra "entre o bem e o mal".
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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, avisou este sábado que Israel vai lutar por "terra, ar e mar" e garantiu que há unidade total no país, que diz estar do lado do "bem", "contra o inimigo maldoso" na Faixa de Gaza.
Numa conferência de imprensa organizada depois de ter estado com as famílias das pessoas raptadas pelo Hamas, o líder israelita disse antever um conflito "longo e difícil" no território e apelidou de "heróis" os militares israelitas, negando que estejam a cometer crimes de guerra.
"Aqueles que acusam as forças de defesa de Israel de crimes de guerra são hipócritas. Apelo aos civis de Gaza para que se retirem para o sul da Faixa de Gaza (...). O inimigo usa cinicamente hospitais e abrigos (...). Israel está a travar uma batalha pela humanidade e contra os bárbaros", declarou.
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"A guerra na Faixa de Gaza será longa e difícil e estamos prontos para ela", declarou, anunciando também que o seu Governo aprovou uma extensão da "invasão terrestre" da Faixa de Gaza. "O nosso objetivo é concreto: derrotar um inimigo assassino. Declaramos 'nunca mais' e reiteramos 'nunca mais'", disse.
Uma "segunda fase" começou agora com a entrada de mais forças terrestres em Gaza a partir de sexta-feira à noite, referiu, e o objetivo é a "destruição da capacidade militar e de governação do Hamas e o regresso dos reféns às suas casas".
Netanyahu prometeu esgotar "todas as possibilidades" para recuperar os raptados e enquadrou as ações do Hamas como um "crime contra a Humanidade", repetindo o pedido aos cidadãos de Gaza para que sigam para o sul do território de forma a garantir a sua segurança.
"A chave é o nível de pressão", disse o primeiro-ministro, que sublinhou que "quanto maior a pressão, maiores as hipóteses" de os reféns serem libertados. "O inimigo está a usar os civis como combustível para esta guerra", acusou, garantindo que Israel está a combater uma guerra "pela humanidade" e que, se não triunfar, assistir-se-á a uma "disseminação do mal".
"Esta é a nossa segunda guerra de independência. Esta é a missão da minha vida", reafirmou.
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"Vamos vencer, seremos nós os vencedores. Bombardeámos o inimigo com ataques aéreos para permitir que as forças terrestres entrassem no terreno, estamos a destruir as infraestruturas do terror. A batalha em Gaza vai ser difícil, mas estamos a lutar pela existência da nossa pátria. Vamos combater na terra, ar e mar e vamos ser vencedores", assinalou.
Os soldados israelitas estão a prosseguir as suas operações terrestres no território da Faixa de Gaza, depois de várias incursões na sexta-feira, confirmou o exército de Israel.
A noite passada foi marcada por bombardeamentos maciços contra os túneis e bunkers do grupo islamita na parte norte do enclave e a entrada de tropas terrestres.
Um total de 7.703 pessoas morreram e 18.967 ficaram feridas pelos bombardeamentos em Gaza desde 07 de outubro, quando uma incursão surpresa do Hamas em solo israelita custou a vida de 1.400 pessoas, sobretudo civis. Outras 229 foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita.
*notícia atualizada às 23h08