No Congresso dos EUA, o primeiro-ministro israelita rejeitou o reconhecimento da Palestina pela ONU em Setembro, mas admitiu a necessidade de «cedências dolorosas» para se chegar à paz.
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O primeiro-ministro israelita considerou, esta terça-feira, que o reconhecimento do Estado palestiniano já em Setembro pela ONU é contraproducente.
Num discurso no Congresso dos EUA, Benjamin Netanyahu afastou ainda a possibilidade de negociações com o movimento Hamas, por não o considerar como um parceiro sólido.
Apesar disto, o chefe do governo israelita admitiu a necessidade de se fazerem «cedências dolorosas» para se alcançar o objectivo de «dois Estados para dois povos» que defendeu há dois anos, um «Estado palestiniano ao lado de um Estado judeu».
«Como líder de Israel é minha responsabilidade liderar o meu povo rumo à paz», acrescentou Netanyahu, que disse pretender obter uma «paz histórica» entre os dois povos.
Contudo, o primeiro-ministro israelita advertiu que o presidente Mahmud Abbas deve seguir o exemplo de Netanyahu, que «compareceu perante o seu povo e disse que 'vou aceitar um Estado palestiniano'».
«É tempo de o presidente palestiniano afirmar perante o seu povo que aceita um Estado judeu», acrescentou Netanyahu, que se referiu ainda à questão dos colonatos e da necessidade de nunca mais dividir a cidade de Jerusalém.
Interrompido por uma manifestante que exigiu o fim da ocupação israelita nos territórios árabes, o chefe do governo israelita disse que o incidente era afinal um «elogio».
«Nas nossas sociedades livres, podemos ter protestos. Não ouvimos estes protestos no parlamento iraniano ou em Tripoli. Isto é a verdadeira democracia», concluiu.