New York Times, Wall Street Journal e Economist pedem a Biden que desista da corrida à presidência

O conselho editorial do The New York Times, o jornal mais influente dos EUA, pediu esta sexta-feira ao Presidente Joe Biden para que desista da sua campanha pela reeleição e permita que outro democrata enfrente Donald Trump em novembro. Num editorial publicado após o primeiro debate eleitoral, na quinta-feira e considerado catastrófico para Biden, o jornal descreveu o Presidente de 81 anos como "a sombra de um líder" que "fracassou no seu próprio teste".

Durante o debate, Biden deixou frases incompletas e mostrou um olhar perdido durante os 90 dolorosos minutos do debate na televisão, acompanhado por milhões de telespectadores. 

"O senhor Biden tem sido um Presidente admirável. Sob a sua liderança, a nação prosperou e começou a enfrentar uma série de desafios de longo prazo e as feridas abertas pelo senhor Trump começaram a cicatrizar, mas o maior serviço público que o senhor Biden pode prestar agora é anunciar que não continuará a concorrer à reeleição", publicou o conselho editorial.

Vários membros do Partido Democrata também questionaram a capacidade de Biden assumir um novo mandato, mas o Presidente norte-americano garantiu este sábado que pode "fazer o trabalho" e recebeu o apoio dos seus antecessores democratas Barack Obama e Bill Clinton. O próprio Trump disse num comício na Virgínia que não acredita que o adversário vá atirar a toalha ao chão "porque sai melhor nas sondagens do que qualquer um dos democratas" que podem substituí-lo.

O The Wall Street Journal refere num editorial que Donald Trump "está a contar que os democratas permaneçam com Biden, mas o país merece uma escolha melhor". Já o The Economist resume que Joe Biden deve agora ceder lugar a um candidato alternativo e assinala ainda que este seria o "seu último e maior ato político que ajudaria a resgatar a América de uma emergência".

Em setembro acontece um novo debate entre os dois candidatos no canal de televisão ABC.