
Reprodução Newsweek
Os jornais e revistas internacionais de hoje contados na TSF.
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Um dia de sol, uma praia deserta, um mar azul... Acredito que seja o suficiente para sair de casa a correr e procurar a praia mais próxima mas estes não são dias para sair de casa e a descrição feita é apenas a da capa do diário espanhol ABC que assim ilustra a manchete. "Governo prepara-se para fechar as fronteiras ao turismo no verão". Teme uma segunda onda de contágios depois das férias e estuda também restrições de movimento ao turismo nacional. O setor prevê perdas de 17 mil milhões e exige a Pedro Sanchez ajudas para evitar o desaparecimento de milhares de empregos.
O jornal económico Cinco Dias, que faz menção à desistência de Bernie Sanders da corrida presidencial americana sem lhe mencionar o nome, dizendo "Biden disputará com Trump a presidência dos Estados Unidos, o Cinco Dias na manchete fala em Recessão global: a OCDE deteta um retrocesso da atividade económica, sem precedentes, em março. Na capa, também o Eurogrupo à procura de um acordo e as divisões que ameaçam deixar a UE sem uma posição conjunta. Os patrões em Espanha fazem as contas e preveem que o PIB espanhol caia entre 5 e 9% este ano.
No El País, o bloqueio na União Europeia para conseguir um pacto ameaça a a sua economia: Berlim e Paris procuram forçar hoje no Eurogrupo um acordo de mínimos perante o confronto entre Itália e Holanda e a agudização da crise. Também na primeira do El País, Wuhan volta às ruas com jubilo depois de dois meses e meio de isolamento. E ainda: Sanders retira-se e deixa via livre a Biden como rival de Trump. Sem lavar as mãos da história, o El pais traz uma biografia que promete luz e rompe mitos sobre Pôncio Pilato.
Na La Razón, a manchete é "Governo aprovará amanhã uma moratória de impostos para autónomos... entenda-se trabalhadores independentes - e PMEs, pequenas e médias empresas... há números que foram tornados públicos ontem e que estão na primeira do La Razón: 4 mil falecidos em lares de idosos de Madrid deram teste positivo ao novo coronavírus. 4 mil! Lá como cá, está na capa, do La Razón, uma operação Páscoa, para travar a "grande evasão". As principais estradas espanholas registaram engarrafamentos por causa da maior vigilância.
Em França, no Les Echos, o assunto forte é a cloroquina: as promessas e as questões... a eficácia no tratamento à Covid-19 suscita vivos debates, as alternativas à cloroquina e outros tratamentos E há números na primeira do Les Echos num gráfico que ilustra o título: cinco anos de crescimento apagados.
No Figaro, rastreamento digital, o plano para dominar a epidemia.
O presidente francês sobre um fundo vermelho faz a capa da revista L"Express: Macron, Ano Zero.
Na revista Le Point, há um inquérito sobre um choque económico histórico... chama-lhe A Crise do Século. Na capa do Le Point, há um Mário Vargas Llosa que diz que a Covid-19 "delicia os inimigos da liberdade" e um Kamel Daoud, escritor e jornalista argelino, editor do diário Oran, que aparece também na capa do Le Point e a referência é ao próprio jornal que edita: Oran na hora da nova peste. Na crise do século, o Le Point promete na capa que lá dentro podemos ler o pensamento de gente como Thomas Friedman e Francis Fukuyaman... gente das crises do século passado.
Outra revista disponível nas bancas é o Guardian Weekly... já tem data de 10 de abril, e fala em "Air Race", corrida aérea... o empurrão global para o fabrico de ventiladores. Pergunta também na capa se isto é o fim do petróleo? O que vem a seguir? E fala também na batalha de Boris Johnson... pela vida. Os sinais ontem era de que estava a melhorar.
No USA Today, o receio pelas eleições de novembro e a democracia no Wisconcin que teve primárias ontem: para votar tenho de arriscar a minha vida. Na foto, uma fila enorme de gente para votar, quase todos com máscara. Diz este jornal americano que as agências estatais falharam nos primeiros sinais de alarme.
O génio criativo da ilustração enquanto género jornalístico está na capa da revista Newsweek... a Estátua da Liberdade mudou de sítio... está sentada, pernas cruzadas, portátil no colo, chávena de café na mão daquelas que dizem I love New York com o coração a vermelho, roupão branco vestido. O título é "trabalhar de casa-nação". A Newsweek diz que a crise do coronavírus acabará um dia. Mas pergunta: alguma vez voltaremos para o escritório?