O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou hoje os venezuelanos «a tomar as ruas para garantir a paz» que, denunciou, «grupos fascistas» pretendem comprometer.
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«Não podemos ter nem um milímetro de debilidade. Nem um segundo de vacilação, porque se trata de derrotar uma corrente fascista que quer acabar com a paz (...) não devemos ter debilidade com o fascismo, vamos dar-lhes rua aos que querem rua», disse.
Nicolás Maduro falava na cêntrica Avenida Bolívar de Caracas, para milhares de simpatizantes, durante a «marcha contra o fascismo, pela paz e a vida» convocada por setores afetos ao seu regime, durante a qual precisou que a luta deve dar-se na rua, mas com debate de altura e sem violência.
«Não aceito grupos violentos no campo do chavismo e da revolução, quem quiser ter armas que se vá do chavismo. Quem sair com armas será processado legalmente. O fascismo combate-se com justiça, com lei e com castigos severos», disse.
O presidente da Venezuela precisou que está a defender «o direito do povo a fazer o poder político» e denunciou que detrás das últimas manifestações violentas que se registaram no país está a mão de «líderes fascistas» que representam a oposição.
Nicolás Maduro apelou à união cívico-militar para fortalecer a «batalha que estamos dando contra o golpe de Estado fascista» e para «a construção da pátria», ao mesmo tempo que instou os venezuelanos a estarem alerta porque os opositores podem «tentar qualquer loucura».
«Andam buscando pistoleiros. Atenção nos bairros. Estão buscando gente para comprar rapazes para sair a matar. Estão buscando 'sicários' (assassinos por encomenda) para tratar de assassinar-me», disse.
Por outro lado acusou o ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, de estar financiando ações violentas na Venezuela e voltou a responsabilizar o líder opositor Leopoldo López, do partido Vontade Popular, pelos acontecimentos violentos de 12 de fevereiro último.