O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, insistiu sexta-feira nas críticas à cobertura noticiosa da estação CNN no seu país e pediu aos responsáveis da estação «equilíbrio» e a «retificação» para que se mantenha na programação dos operadores de televisão por cabo.
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«Confio na retificação da CNN», disse o governante numa conferência de imprensa.
Na quarta-feira, Nicolás Maduro tinha anunciado que iria expulsar do país o representante do canal e acusou a CNN de fazer «propaganda de guerra» contra a Venezuela.
Agora, Nicolás Maduro, apesar de renovar as acusações ao noticiário da CNN -- que o fazem lembrar as cadeias venezuelanas na tentativa de golpe de Estado contra Hugo Chávez em 2002 -- recordou que a CNN sempre atuou em liberdade no país e que pode continuar a fazê-lo «mas com equilíbrio» e respeitando as leis venezuelanas.
Maduro, pediu também desculpas a uma outra equipa da CNN que disse ter sido assaltada em caracas e prometeu investigar para encontrar os culpados.
Apesar da posição de Maduro, a CNN disse ter recebido do Governo venezuelano uma comunicação em que revoga a autorização de trabalho do seu correspondente Osmary Hernández, posição que também afeta a apresentadora Patricia Janiot, mas garante nada ter recebido do órgão regulador.
A violência que se vive na Venezuela nos confrontos entre as autoridades e manifestantes , já provocou, segundo dados oficiais, oito mortos.