A comissão eleitoral estendeu até domingo o prazo para o escrutínio depois de terem sido registados vários problemas tecnicos relacionados com o equipamento usado no voto electrónico. O problema impediu até o voto do atual presidente. Há ainda relatos de dois mortos em atentados.
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«Nas assembleias de voto onde o processo foi suspenso, ele será retomado amanhã», foi assim que o comissário Chris Yimoga explicou a decisão da Comissão Eleitoral Nigeriana.
Durante todo o dia foram chegando notícias de problemas com o sistema informático que permite a votação dos nigerianos. O próprio presidente Jonathan Goodluck teve azar com o seu cartão e não pôde votar. Sabe-se agora que amanhã, domingo, poderá voltar a tentar.
Para além dos problemas com a votação, nestas presidenciais nigerianas temiam-se também as ações dos islamitas do Boko Haram. A agência France Presse afirma que pelo menos duas pessoas morreram hoje em ataques a mesas de voto, a autoria está a ser atribuida aos radicais.
O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, disse numa mensagem em vídeo divulgada no mês passado que os militantes daquele grupo iriam perturbar as eleições, que consideram «anti-islâmica».
Cerca de 68,8 milhões de nigerianos são chamados às urnas para elegerem um novo Presidente e um parlamento, num ambiente de tensão devido ao risco de violência política e à ameaça de atentados islamitas.
Os candidatos à chefia do Estado são 14, entre os quais se encontra pela primeira vez uma mulher, mas a disputa, que se prevê renhida, envolve o cessante Goodluck Jonathan e o ex-general Muhammadu Buhari, que dirigiu a Nigéria, à frente de uma junta militar, entre 1983 e 1985.